A seleção brasileira derrotou o Uruguai por 85 a 73, obteve sua 12ª vitória seguida no Pan, neste sábado, e avançou à final da edição do Rio de Janeiro, na Arena Multiuso.
Em busca do tricampeonato, a equipe enfrenta Porto Rico, neste domingo às 11h, defendendo uma longa invencibilidade na competição - sua última derrota aconteceu no dia 1º de agosto de 1999, na primeira fase dos Jogos de Winnipeg.
Com Leandrinho e Janeth na platéia, a seleção abriu uma nova boa diferença no marcador, mas permitiu pelo segundo jogo seguido a reação do adversário.
O deslize deste sábado foi quase instantâneo. Primeiro o time abriu placar de 39 a 23, mas depois viu a confortável liderança ser dizimada em menos de quatro minutos. Ao final do primeiro tempo, os uruguaios só perdiam por quatro pontos. Uma boa atuação no quarto final, contudo, renderam novo conforto para os bicampeões.
Dessa vez a estratégia do técnico Lula Ferreira de dividir a pontuação pelo elenco funcionou apenas entre os titulares. Marcus Vinícius foi o único que saiu do banco e fez cesta.
Valtinho foi o cestinha e destaque da equipe, com 22 pontos. Já o pivô Murilo anotou 20 pontos e capturou oito rebotes e o ala Marquinhos somou 18 pontos, seis rebotes e três roubos de bola.
O jogoA equipe do técnico Lula Ferreira aproveitou os muitos "buracos" na defesa uruguaia no início de partida e deslanchou com uma série de arremessos de média distância de Valtinho, bem solto em quadra, com oito pontos no primeiro quarto.
O time da casa desacelerou no ataque, porém, enquanto o jovem armador Gustavo Barrera continha Valtinho de um lado e conduzia com firmeza seus companheiros no outro.
A 1min26s do fim do período, eles já estavam a apenas seis pontos (39 a 33), em uma ponte aérea de Barrera para o pivô Esteban Batista. Depois, em um erro em saída de bola a menos de 10 segundos, os rivais sul-americanos chegaram a apenas quatro pontos (41 a 37).
Se Valtinho perdeu um pouco do volume de jogo, o pivô Murilo (que teve fraco desempenho ante os porto-riquenhos na véspera) e o ala Marquinhos subiram de produção. Murilo atacou a cesta com muita agressividade e foi um dos destaques do time, enquanto o ala do New Orleans Hornets mostrou muita regularidade.
A aguerrida seleção uruguaia não conseguiu marcar a dupla, mas brigou a cada posse de bola, encaixou seu perigoso jogo dos três pontos.
No quarto final, o Brasil voltou a se acertar em quadra impulsionado pela intensidade do ala Marcus Vinícius. O reserva deu vigor à defesa do time e ficou em ação por importantes minutos. O excesso de vontade, porém, o custou a exclusão de jogo com cinco faltas a 4min24s do fim.
Quando ele foi para o banco, a seleção já tinha vantagem de dez pontos. E a boa notícia para Lula era a de que Barrera também estava eliminado da partida. Não à toa, Valtinho voltou a dar as caras no ataque nos minutos finais.
O Uruguai ainda pode compensar a derrota no jogo pelo bronze contra a Argentina, neste domingo.