A dupla brasileira de boliche formada por Jacqueline Costa e Roseli Santos não ficou com a medalha de bronze. A decisão do júri de apelação, formado por três integrantes de federações internacionais, decidiu confirmar a medalha das mexicanas Sandra Guadalupe Garza e Adriana Perez.
Apesar da decisão, que garante e medalha mexicana, as brasileiras não se contentaram |
PÁGINA DO BOLICHE |
A medalha foi questionada quando foi realizada a pesagem das bolas após a competição e uma delas não havia sido cadastrada. No boliche, existe um protocolo de pesagem que evita que sejam usadas bolas que não foram previamente cadastradas e, de acordo com o regulamento, isso acarretaria em exclusão das jogadoras que conquistaram o bronze.
A primeira decisão, dos seis árbitros que estavam presentes na competição foi unânime quanto à eliminação das mexicanas. As atletas recorreram da decisão e levaram o caso a uma instância superior, o júri de apelação.
Com a decisão contra os interesses dos brasileiros a ação que tomada foi entregar um recurso para o júri, solicitando que haja reconsideração da decisão. A idéia é que a questão seja resolvida internamente, sem que seja necessário atuar na Justiça Desportiva.
De acordo com o chefe de delegação, Geraldo Couto, o motivo apresentado pelo júri foi o bom histórico da delegação mexicana, que não havia cometido tal erro antes. "O México foi julgado como amigo. O país aceitou o erro deles e o júri disse que tudo bem. Não queremos que o país saia do Pan, mas queremos que a regra seja cumprida".
Couto ainda citou o exemplo da Argentina, que foi excluída do Pan justamente por cometer este erro nos Jogos Inter-Americanos, que serviam de classificação para o Pan. "A Argentina não está aqui porque foi eliminada pelo mesmo motivo. Não pode ser dois pesos e duas medidas".
A decisão está prevista para sair ainda nesta quinta-feira até as 17 horas. Caso o Brasil não termine com a medalha de bronze, Couto afirmou que atuará fora do âmbito dos Jogos.