Rua Arquias Cordeiro, s/nº, Méier
R$ 330 milhões
Grande obra do Pan-2007, o estádio olímpico João Havelange, o Engenhão, foi um dos que mais sofreu com atrasos. A primeira previsão era de entrega em 2005, mas a inauguração foi marcada apenas para o dia 30 de julho de 2007. Projetado para 45 mil pessoas, e já prevendo ampliações para eventos como Olimpíadas ou Copa do Mundo, o Engenhão só começou a sair do papel em 2004.
O estádio é uma obra de grande porte. Sua cobertura, com 35 mil m², é suspensa por quatro grandes tirantes e por arcos de aço, abriga todos os 45 mil espectadores. Projetado para ser a sede do atletismo no Pan, o Engenhão foi bastante elogiado pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) e será um dos maiores e mais modernos palcos do esporte no planeta.
A Prefeitura do Rio investiu R$ 320 milhões na construção (esse número, porém, pode chegar a R$ 400 milhões se forem consideradas as melhorias no entorno, também a cargo da Prefeitura), que empregou mais de 3 mil operários até o início de 2007. Além de problemas de projeto, que não previam, por exemplo, tubulações de água e esgoto pré-existente no terreno, as obras foram paralisadas por alguns dias por greves, com operários pedindo melhores condições de trabalho.
Além disso, o entorno do estádio envolve uma série de problemas. Bairro antigo do Rio, o Engenho de Dentro não possui ruas grandes com capacidade para escoar os mais de 40 mil espectadores que o estádio deve abrigar. Além disso, a estação de trem, que fica em frente a um dos acessos do Engenhão, teve de ser reformada.
A população do entorno também reclamou contra a falta de planejamento da Prefeitura para o local e contra a remoção de famílias, que foram expulsas de suas casas para a construção de acessos e bilheterias.