Diversidade cultural marca ex-colônia holandesa
O Suriname, pequeno país sul-americano que faz fronteira com Pará e Amapá, é um dos que apresentam a maior diversidade étnica das Américas. Ela vem dos escravos africanos que foram levados para o território pelos europeus, e também dos empregados trazidos da Índia e de Java para trabalharem na agricultura.
Descoberto pelos espanhóis, o território também foi dominado por ingleses, até tornar-se colônia holandesa em 1667, com o nome de Guiana Holandesa. Durante o período colonial, o país chegou a ser o líder mundial na exploração da bauxita, principalmente por conta da presença da norte-americana Alcoa. Ainda hoje, o minério utilizado na fabricação do alumínio é um dos principais produtos da economia surinamesa, apesar da queda nas reservas. Os outros destaques são a banana e o arroz.
Os anos pós-independência (a partir de 1975) não foram fáceis para o Suriname. O país enfrentou uma série de golpes de estado e foi dominado vários anos por um regime militar. Desde o início dos anos 90, o governo está nas mãos de uma coalizão formada por oito partidos. O país mantém uma longa disputa territorial com seu vizinho, a Guiana, por uma área com potencial para a exploração de petróleo.
Se no plano político o Suriname tem um histórico conturbado, também não faltam polêmicas no campo esportivo. A única medalha conquistada pelo país nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo-2003 ficou pouco tempo nas mãos da veterana Letitia Vriesde, então com 38 anos. Ouro nos 800 m, a atleta perdeu sua medalha depois de ser pega em controle antidoping que apontou altas doses de cafeína em seu organismo.
A punição acabou rendendo uma medalha de bronze para a brasileira Christiane Ritz. As duas atletas tinham como técnico o brasileiro Luiz Alberto de Oliveira.
Letitia já tinha sido a campeã da prova no Pan de Winnipeg-1999, última edição em que o Suriname conseguiu medalhas. O país também foi bronze com a nadadora Carolyn Adel, nos 400 m medley. Agora, a nova geração de nadadores tenta ao menos se aproximar dos feitos do maior nome do esporte surinamês, Anthony Nesty. Nascido em Trinidad e Tobago, ele foi para o Suriname aos cinco anos de idade, para mais tarde tornar-se herói nacional.
No Pan de Indianápolis-1987, ele venceu os 100 m borboleta e foi bronze nos 200 m borboleta. Em Havana-1991, defendeu seu ouro nos 100 m e melhorou seu desempenho nos 200 m borboleta, levando a prata. No Mundial do mesmo ano, confirmou seu domínio na distância mais curta, também garantindo o lugar mais alto do pódio.
Ouro
Prata
Bronze
