Ilhas Virgens tentam debutar no pódio continental
No arquipélago de apenas 153 quilômetros quadrados e 23 mil habitantes, de dependência britânica, o governador é indicado pela rainha da Inglaterra, e é responsável por assuntos de defesa, questões externas, segurança e administração dos tribunais.
A economia, uma das mais prósperas do Caribe, depende fortemente do turismo, que gera mais de 45% das entradas nacionais. Atrás das praias e do corais para mergulhar, cerca de 350 mil pessoas visitam as ilhas todos os anos, ou seja, mais de 15 vezes a população local.
Apesar do tamanho diminuto, as Ilhas Virgens Britânicas demonstram um forte apetite internacional. Por ser um paraíso fiscal, o arquipélago investe mais na China do que os Estados Unidos e o Japão, as duas maiores potências econômicas do mundo.
Mas se o país aparece entre os primeiros em termo de investimento no exterior, no esporte ocupa o último lugar em conquista de medalhas. Até hoje, as Ilhas Virgens Britânicas não ganharam nenhuma em Jogos Pan-Americanos. Em Indianápolis-1987, estiveram bem perto, mas sua equipe masculina de softbol perdeu de Cuba na decisão do bronze por 4 a 3.
O Comitê Olímpico das Ilhas Virgens Britânicas (BVIOC) foi formado apenas em 1982. No mesmo ano, o país foi aceito como membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) e pôde participar dos primeiros jogos internacionais, os Jogos da América Central e Caribe.
Em 1983, as Ilhas Virgens Britânicas participaram de seu primeiro Pan-Americano, em Caracas, na Venezuela. No ano seguinte, foi a vez da estréia em Jogos Olímpicos, na cidade norte-americana de Los Angeles. Em 1990, o país completou o ciclo de competições internacionais ao participar dos Jogos da Commonwealth (que envolve as colônias britânicas), na Nova Zelândia.
Na última edição do Pan, em 2003, o velocista Keita Cline, que disputou os 100 m rasos, foi o único representante do país, já que o outro classificado, Eric 'Shaq' Mathias, atleta do lançamento de disco, desistiu em cima da hora alegando problemas musculares.