Arquipélago é paraíso natural e também fiscal
No esporte, elas têm pouca tradição. No entanto, são conhecidas em praticamente todo o mundo como um paraíso, mais especificamente, um paraíso fiscal. As Ilhas Cayman compõem a rota de países sem taxação direta e atraem investimentos de diversas partes do planeta. A pouca regulamentação faz do local um próspero centro financeiro.
Mais de 68 mil companhias, sendo centenas de bancos, estão registradas no país, composto por três ilhas: Grande Cayman, Pequena Cayman e Cayman Brac. Uma das poucas exigências feitas pelo governo é que as empresas não atuem no mercado local. Feito isso, basta depositar milhões de dólares sem prestar contas às autoridades ou revelar os nomes dos proprietários.
Ainda dependentes do Reino Unido, as Ilhas Cayman proporcionam alto padrão de vida para seus habitantes. O país desfruta de uma das maiores rendas per capita do mundo, número que pode ser exemplificado em outra estatística: quase 90% dos alimentos e bens de consumo são importados.
Com taxa de alfabetização extremamente alta (98%), as ilhas contam também com o turismo para prosperar. Cerca de 70% do PIB é proveniente desse setor. Em 2003, foram registrados mais de 2,1 milhões de turistas, sendo metade dos Estados Unidos. A grande atração local são os mergulhos, pela abundante vegetação subaquática das águas que cercam o arquipélago.
Mas foi uma inversão de papéis que garantiu às ilhas (já administradas pela Jamaica entre os séculos 19 e 20) sua primeira medalha nos Jogos Pan-Americanos. Filho de pais jamaicanos, Kareem Streete-Thompson nasceu em Ithaca, Nova York, durante um passeio da família aos Estados Unidos.
Um mês depois, os Thompson voltaram para as Ilhas Cayman, onde o futuro atleta cresceu e viveu até os 18 anos. Depois de defender o país caribenho, Kareem optou por atuar pelos Estados Unidos entre 1992 e 1999, quando voltou às “origens”. E foi nesse ano, em Winnipeg, que ele conquistou a primeira medalha da história das ilhas no Pan.
Tal feito foi atingido com uma prata no salto em distância. O vencedor da prova foi o cubano Iván Pedroso, que faturou o ouro também em 1995 e 2003. Além da conquista de Thompson, as Ilhas Cayman tiveram mais uma medalha, também de prata, de Cydonia Mothersill, nos 200 metros rasos do Pan de Santo Domingo.
Ouro
Prata
Bronze
