Furacão e única medalha chegam no mesmo ano
Ano da maior glória esportiva para os antiguanos, 1995 foi também marcado por ter sido por um desastre climático. Em 6 de setembro daquele ano, o furacão Louis, com ventos de até 250 km/h, arrasou o arquipélago.
Meses antes, a velocista Heather Samuel ganhara a única medalha pan-americana da história do país. Foi nos 100 metros rasos. Foi um bronze que para os caribenhos valeu ouro, afinal, nem em Olimpíadas nem nos Jogos da Comunidade Britânica (os Commonwealth Games, dos quais as ilhas participam desde 1966) nenhum atleta local subiu ao pódio.
A corredora virou uma lenda viva perante os cerca de 69 mil compatriotas. O bronze foi conquistado na distante cidade argentina de Mar del Plata. Com o tempo de 11s33, Heather ficou atrás da norte-americana Chrystie Gaines e da cubana Liliana Allen Doll.
Mesmo sem muita tradição esportiva, desde que participou pela primeira vez no Pan de San Juan-1979, o pequeno arquipélago formado por três ilhas (Antígua, Barbuda e Redondo) nunca deixou de enviar delegações, ainda que fossem muito pequenas e não obtivessem sucesso em nada.
Mas a falta de competência não existe em todas as modalidades. Acontece que o esporte em que os antiguanos se saem melhor não está no Pan. É o críquete, modalidade levada ao arquipélago pelos colonizadores ingleses e que com o tempo ganhou imensa popularidade. Hoje, junto com o rúgbi, é praticado por todo o país.
Mas mesmo com o histórico de uma única medalha, o Comitê Olímpico de Antígua e Barbuda não parece desanimar. Para este ano, espera-se que 15 atletas de natação e atletismo estejam presentes no Rio de Janeiro, a grande maioria estudantes das universidades norte-americanas. Todos estarão competindo nos esportes individuais.