UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Érika Kelly Pereira Coimbra

Data e local de nascimento:
23/03/1980, em Belo Horizonte (MG)

Peso/Altura:
66 kg /1,80 m

Residência:
Chieri (ITA)

Posição:
Ponta

Clube:
Brasil Telecom

Participações no Pan:
Winnipeg-1999 e Rio-2007

Campanha no Pan-07:
Prata

Érika

Os Jogos Pan-Americanos marcaram o retorno de Érika à seleção brasileira. A ponteira não defendia a equipe desde a fracassada campanha na Olimpíada de Atenas, quando o Brasil ficou em quarto lugar. Mas a excelente temporada realizada no Chieri, da Itália, fez com que a jogadora ganhasse mais uma chance do técnico José Roberto Guimarães. Sem colocar o pé em quadra na final contra Cuba, porém, ela presenciou mais um fracasso da equipe: a prata no Rio de Janeiro.

A atacante começou no vôlei por um motivo um tanto incomum: estética. Vaidosa ao extremo, a então adolescente se apaixonou pelo estilo das jogadoras de vôlei e decidiu seguir no esporte.

Os resultados foram aparecendo e, com 17 anos, Érika já defendia a seleção brasileira. Aos 18, ela viveu um dos momentos mais difíceis na carreira. A atacante não passou no teste de feminilidade realizado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) durante o Campeonato Mundial Juvenil de 1997.

No exame foi detectado excesso de testosterona (hormônio masculino), e a federação obrigou o então técnico da seleção, Bernardinho, a cortar a jogadora da competição, sob ameaça de desclassificar o Brasil. Clubes que disputavam a Superliga também questionaram a presença de Érika.

A atleta tinha uma má formação dos órgãos reprodutores e teve de ser submetida a uma cirurgia e a tratamento hormonal. Um ano depois, após novos testes realizados na Europa, Érika conseguiu o "cartão rosa" e pôde voltar à seleção. Um dos seus primeiros títulos na equipe foi justamente no Pan de 1999, em Winnipeg.

Em 2000, ela disputou sua primeira Olimpíada, com o técnico Bernardinho, talvez seu maior incentivador na carreira, conquistando a medalha de bronze. Dois anos depois, abandonou a equipe por discordar dos métodos do técnico Marco Aurélio Motta.

Érika voltou à seleção após a queda de Motta, praticamente no mesmo período em que começou a trabalhar com o técnico José Roberto Guimarães no Finasa/Osasco. Pela nova equipe ela conseguiu dois títulos da Superliga e se tornou uma das poucas jogadoras a atuar nas três equipes do país: Osasco, Rexona e Minas (clube pelo qual também ganhou um título da Superliga).

Após os Jogos Olímpicos de Atenas, o técnico José Roberto Guimarães tentou testar a jogadora em uma nova posição, como levantadora. Érika se empolgou com a novidade, mas nenhuma equipe quis bancar a aposta. Assim, ela retornou à ponta, perdendo a vaga na seleção para as novatas Jaqueline e Paula Pequeno. Só agora, depois de ir bem na Itália, é que a atleta teve nova chance na equipe.