ESCOLHA UM ATLETA Fábio Emílio Fátima Rocha Leonardo Lacerda Marcos Bortoloto Petra Ruocco Sarah Nikitin

Para descobrir onde está Petra Ruocco em meio às dezenas de arco que competiram no Pan era fácil. Bastava olhar para as miniaturas que ela pendura no equipamento. São tubarões e olhos gregos. Tudo para "tirar o olhão", diz ela. Além disso, a arqueira também competiu com santinhos para dar sorte em sua estréia em Pans.

De certa forma ela terminou com vantagem sobre suas compatriotas. Foi a melhor arqueira do Brasil na competição individual. Afinal, Petra foi eliminada por apenas dois pontos nas quartas-de-final para a colombiana Ana Rendón por 102 a 104. Na competição por equipes, o Brasil não conseguiu vencer o primeiro duelo, perdendo para o Canadá por 183 a 200 pontos.

Ao final não foi tão mal para uma primeira vez, que entrou na sua cabeça como uma idéia ainda crua, em 2003, "quando o pessoal voltou de Santo Domingo e soube que seria no Rio". Mas ela não tinha idéia que se tornaria uma atleta do Pan quando foi tomar uma cerveja em um bar com os amigos que faziam cursinho pré-vestibular com ela.

Mas conseguiu e desde então os treinos tomaram um objetivo maior. Em 2005 e 2006 Petra conquistou o Campeonato Brasileiro. No Sul-Americano realizado em 2006, não foi tão bem e ficou entre as seis. Para o Pan, os treinos foram intensos. Ela treinou por cerca de quatro horas seguidas, durante cinco dias seguidos.

Mas não é só isso. Apesar de ser atleta, Petra não vive só de tiro com arco. Ela é fisioterapeuta e atende os pacientes em casas. Mordomia para quem contrata seus serviços, problema para Petra que passa um bom tempo indo de casa em casa.

Nos finais de semana, alívio. E ela garante que sobra tempo para se divertir, e acima de tudo, descansar. "Adoro ir à praia, mergulhar e pescar. Também assisto séries de TV, como Lost, Heroes, House e CSI", conta. E para isso ela tem um companheiro: o marido, que conheceu por conta do tiro com arco.

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