Data e local de nascimento:
08/11/1983, em Campinas (SP)
Peso/Altura:
84 kg / 1,95 m
Residência:
Campinas (SP)
Prova:
Arco recurvo
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Eliminado entre os 32 arqueiros na disputa individual e quarto lugar na disputa por equipes
Marcos Bortoloto
Marcos tinha apenas 15 anos e estava almoçando quando se apaixonou pelo tiro com arco. Foi em um clube, em Campinas, que ele avistou arqueiros praticando e não conseguiu desgrudar o olhar. "Quando vi os arqueiros atirando, fiquei fascinado; achei tão bonito eles se preparando para atirar, que um dia criei coragem e pedi para experimentar", recorda.
Depois disso, nunca mais parou. "Comecei a treinar cada vez mais e os resultados foram aparecendo", conta. Atualmente, depois de sete anos treinando, conseguiu se tornar o primeiro colocado no ranking de tiro com arco recurvo. É também o recordista brasileiro nas catagorias outdoor adulto, indoor adulto, outdoor adulto dos 90 metros e outdoor adulto dos 70 metros, conquistas que ele considera mais importantes do que qualquer título.
Entretanto, para obter estas marcas uma carga intensa de treinos é superada diariamente por Marcos. São cinco a seis treinos por semana de extensas duas horas e meia. Além disso, ele também faz uma hora e meia de musculação.
Mas isso é só quando não está em ritmo de competição, porque quando chegam as datas principais a carga aumenta para cinco a seis horas diárias. Mesmo assim ele considera pouco ao comparar com as equipes européias que treinam de sete a oito horas por dia.
Para Marcos, o fato de não morar na Europa impõe mais um limitante além dos poucos treinos: o equipamento, que é importado. "Aqui não temos essa tecnologia, então importar fica muito mais caro. O ideal é viajar e comprar lá fora. Uma lâmina lá fora custa US$ 80. Importando, fica quase R$ 1000". As lâminas às quais ele se refere são para prender as cordas do arco e quando quebram Marcos fica mais de um mês sem treinar, porque não tem como repor.
Mas às vésperas do Pan, ele garantia que o treinamento estava seguindo bem. Mesmo sem o técnico Renzo, que voltou para a Itália e com quem se corresponde via e-mail. Com os recordes no currículo e o tempo de preparação diferencial, seu sonho era o mais comum possível entre os atletas que irão ao Pan: a medalha.
Mas ele não conseguiu realizá-lo. Nas disputas individuais, Marcos perdeu de 103 a 107 para o porto-riquenho Carlos Baez Gimenez e não conseguiu chegar às oitavas-de-final. Já na disputas por equipes, o sonho da medalha ficou perto, mas não se concretizou. Depois de derrotar os cubanos, dois deles com medalhas no torneio individual, os brasileiros perderam para os Estados Unidos por 204 a 211 pontos. A chance de conquistar uma medalha estava na vitória sobre a equipe mexicana, mas os brasileiros perderam por 219 a 208 pontos.