Data e local de nascimento:
21/03/1986, no Rio de Janeiro (RJ)
Peso/Altura:
75 kg / 1,82 m
Residência:
Rio de Janeiro (RJ)
Prova:
Arco recurvo
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Eliminado entre os 32 arqueiros na disputa individual e quarto lugar na disputa por equipes
Fábio Emílio
Fábio não poderia ter inspiração melhor: um avô que foi atleta olímpico nos Jogos de Moscou em 1980, uma tia que conquistou uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1983, em Caracas, e para finalizar o pai, que também conquistou um bronze em Caracas, além de ter ido a quatro Olimpíadas.
Com este histórico, o filho não poderia sair diferente. Hoje é o primeiro colocado no ranking brasileiro de tiro com arco e conta com o técnico e pai para lhe tirar as principais dúvidas. Porém, ele garante que não basta ser filho de um medalhista para terminar o Pan com uma medalha. E tinha razão, afinal Fábio foi derrotado no primeiro confronto individual por Carlos Torres, da Colômbia por 104 a 114 pontos.
Para competir no Pan, Fábio treinou em um local adaptado. Isso porque ele não treina em nenhum campo especial, mas sim na sua própria casa: "Eu até agradeço por treinar em casa, porque sou privilegiado por ter esse campo que até pega as distâncias oficiais".
Há, porém, um cuidado especial a ser tomado. Quando Fábio treina, ninguém passa pelo corredor externo da casa. Assim, basta dar um grito para o atleta parar de atirar e a pessoa passar. As pombas não gritam. E foi justamente uma delas que acabou sendo atravessada por uma flecha do experiente avô.
Ao contrário do avô, Fábio nunca acertou um alvo em movimento, nem competiu em provas com nível olímpico. Foi o seu primeiro Pan e ele estava animado. "A expectativa é trazer uma medalha para o Brasil", afirmou dias antes de competir no Rio. Com o mau desempenho na disputa individual, as esperanças recaíram sobre a disputa por equipes. E o Brasil começou bem. Venceu o time cubano, cujo time tinha o primeiro e o segundo colocados da disputa individual. Mas, na semifinal, ao tentar passar pelo time dos Estados Unidos, a equipe tropeçou e perdeu por 204 a 211.
Restou a esperança de sair do Pan com a medalha de bronze. Para isso, o Brasil precisaria vencer o time Mexicano. Mas, com o placar de 219 a 208, os brasileiros tiveram que se contentar com o quarto lugar.
Este só foi seu primeiro Pan por um deslize próprio. "Comecei a pensar no Pan um pouco antes do último que teve. O Brasil só tinha conseguido uma vaga e só iria o primeiro do ranking. Vi que estava em segundo lugar e tentei correr atrás do tempo perdido, mas não dava mais".