Primeira e única: em 1920, Guilherme Paraense tornou-se o primeiro atleta brasileiro a ostentar uma medalha de ouro no peito na história do tiro nas Olimpíadas. Quase 90 anos se passaram e o esporte não rendeu mais glórias ao país.
Camaradagem: nas Olimpíadas da Antuérpia-1920, a equipe dos EUA doou parte da sua munição para a equipe brasileira, que havia sido roubada na viagem para a Bélgica. Graças a esse presente o Brasil conseguiu suas primeiras medalhas olímpicas: ouro no tiro rápido com Guilherme Paraense, prata na pistola livre com Afrânio da Costa e bronze na pistola por equipe.
Politicamente incorreto: atualmente classificado como politicamente incorreta, a prova do tiro ao pombo foi realizada nos Jogos Olímpicos de Paris-1900 em meio a protestos de jovens e jornalistas. Dos 55 competidores inscritos, só quatro participaram. O belga Léon de Lunder venceu.
Parece, mas não é: entre as Olimpíadas de Londres-1908 e Paris-1924, havia uma modalidade na qual os competidores tinham que atirar em alvos que simulavam o movimento de um veado.
Dinheiro não traz felicidade: como atleta de fim de semana, Rodrigo Bastos acertou 124 de 125 tiros e foi medalha de prata no Pan de Santo Domingo. Com uma preparação que custou quase R$ 200 mil aos cofres públicos e um estande de tiro construído em sua cidade, Guarapuava (PR), Bastos acertou 117 de 125 tiros e não chegou à final na Olimpíada de Atenas -terminou em 14º.
Mola salvadora: Janice Teixeira contou com uma 'ajudinha' da canadense Susan Nattrass, hexacampeã mundial da modalidade, para levar o bronze na fossa olímpica. Durante a prova, a arma de Susan quebrou, e ela teve que trocá-la. A gaúcha obteve melhor desempenho do que a favorita e fica em terceiro lugar. A primeira reação da atiradora é ligar para o marido no celular e anunciar, chorando: "Tu não vai acreditar. Sou bronze!".