Data e local de nascimento:
05/12/1962, em Luziânia (GO)
Peso/Altura:
70 kg/ 1,65 m
Residência:
Luziânia (GO)
Categoria:
Skeet
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
21º no skeet
Renato Portela
Para sua estréia em Pan-Americanos, Renato Portela, principal nome do skeet do país, já mantinha baixas expectativas. Entre tantos otimistas que falavam em pódio, Portela mirava apenas ficar entre os seis primeiros. "É um combate contra profissionais, é muito difícil esperar muito mais do que isso", dizia antes do torneio.
E ele tinha razão. Portela e Wilson Zocolote, o outro brasileiro no skeet, sequer chegaram às finais da prova, terminando na 21ª e na 20ª colocação, respectivamente.
Administrador, Portela é dono de um posto de gasolina em Luziânia, em Goiás, e treina quatro vezes por semana em sua fazenda, que fica a 4 km de sua casa. Lá, o atirador montou um estande de tiro onde pratica, ainda que sem orientação. Com o técnico Carlo Danna ele faz outros treinos, em São Paulo e Franca (SP), periodicamente.
"Infelizmente não é a mesma coisa treinar sozinho, porque as máquinas que tenho na fazenda são manuais e não automáticas", conta Portela. O equipamento profissional custa em torno de R$ 10 mil.
Apesar da dificuldade, o goiano quase foi a Santo Domingo-03. Classificado em segundo lugar nas seletivas nacionais, perdeu a vaga na última hora para Michel Davi devido a uma diferença de interpretação das regras qualificatórias.
"Já tinha sido informado que estava classificado, tinha índice olímpico, mas havia uma regra que permitiu duas interpretações e dois diferentes classificados. Na época, foi uma frustração muito grande, agora passou. Mas uma coisa dessas a gente não esquece."
Desta vez, a definição da vaga de Portela aconteceu muito antes das seletivas finais. Com índice superior aos demais, já assegurou a primeira vaga, deixando os demais atletas disputando o segundo lugar. "O atirador tinha que ter média de índice olímpico em cinco provas e só eu consegui essa média", justifica o atleta.
Desde pequeno, Portela acompanhou o pai em caçadas e sempre se interessou pelo tiro. Com a proibição da caça, restou a ele 'migrar' para o esporte. São oito anos praticando o skeet, todos sem patrocínio. "Cheguei até aqui sozinho, mas acho de suma importância ajudar quem precisa. Muitas vezes já pensei em parar de atirar, mas isso é a minha cachaça."