UOL Esporte - Pan 2007
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Arquivo Pessoal

Nome completo:
Fábio de Jesus Coelho

Data e local de nascimento:
06/07/1966, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
72 kg / 1,74 m

Residência:
Rio de Janeiro (RJ)

Categoria:
Carabina de ar e 3 posições

Participações no Pan:
Havana-1991, Mar del Plata-1995, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
8º na carabina de ar e 10º na carabina 3 posições

Fábio Coelho

Fábio Coelho começou no tiro esportivo por curiosidade. Sem nenhum atirador na família, ele fazia ginástica no Flamengo quando um paredão escrito 'tiro' chamou sua atenção. "Entrei lá pela primeira vez aos 12 anos. De tanto eu ficar lá olhando o pessoal atirar um dia me chamaram para mostrar como funcionava", conta. Aos 14, começou a competir e logo tornou-se atirador federado.

Aos 17 anos, Fábio venceu seu primeiro Campeonato Brasileiro. Aos 19, integrou a seleção brasileira de tiro, ainda como júnior. Dois anos mais tarde, ascendeu à seleção sênior. O atirador bateu oito recordes brasileiros, dois na carabina de ar, uma vez o da carabina deitado e cinco vezes na prova 3 posições, e esteve presente em três Jogos Pan-Americanos antes da competição no Rio de Janeiro.

No último deles, em Santo Domingo-2003, Fábio conquistou a medalha de bronze na carabina de ar, a primeira individual do Brasil nesta categoria. No Rio de Janeiro, o atirador deve ter disputado seu último Pan, já que planeja se dedicar à família e ao trabalho.

"Tem uma hora que não dá mais pra ficar falando: 'Vamos acordar cedo para treinar no sábado', perder os poucos dias com a família treinando", lamenta. "Não digo que vou parar de atirar, mas a tendência é pôr o pé no freio depois do Pan. Atirar eu vou até morrer".

Competindo no Brasil, porém, o paulista não se deu muito bem. Terminou em 8º lugar na carabina de ar e em 10º na carabina 3 posições.

Formado em Arquitetura, Fábio fez um acordo na empresa onde trabalha e esteve licenciado por seis meses para se dedicar inteiramente aos treinos; nesse período, no entanto, não foi remunerado. "É um verdadeiro sacrifício, mas não poderia ser diferente, é o único jeito de ter uma preparação eficiente, ainda que curta".

Com 26 anos de tiro, Fábio considera fundamental a realização do Pan no país para a modalidade. "Vejo tudo isso como uma grande festa. Atiro há tanto tempo, que é uma felicidade participar de um evento desse porte em casa, com a participação de amigos e familiares. É uma grande vitória contra o preconceito que há no Brasil contra o tiro esportivo, que é tão associado à violência", comemorou.