Data e local de nascimento:
05/02/1977, em São Paulo (SP)
Peso/Altura:
76 kg / 1,77 m
Residência:
São Paulo (SP)
Participações no Pan:
Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan-2007:
Bronze por equipes e quartas-de-final no individual
Rafael Alarcon
Rafael Alarcon é o brasileiro com maior exposição internacional do squash. Aos 30 anos, o atleta é heptacampeão brasileiro e figura nas chaves principais dos grandes torneios que valem pontos para o PSA (Ranking Internacional de Squash).
Nascido em São Paulo, Rafael foi para Goiás com os pais aos três anos, e, ligado a esportes, passou a jogar tênis até os 16 anos. Chateado com a falta de projeção, largou a raquete e passou a freqüentar a academia em que sua irmã era professora, e foi assim que Rafael conheceu o squash. Com poucos meses de treino, foi convidado para representar Goiás no estadual, onde obteve seu primeiro título, ainda com 17 anos.
Em 1999, Rafael voltou a São Paulo e abriu mão de cursar faculdade para se dedicar ao esporte. "Abandonei devido à dificuldade que o esporte também acarreta", diz o atleta, que hoje conta com três grandes patrocinadores, e vive exclusivamente de squash. Além das premiações e do apoio financeiro, Rafael participa de torneios de exibição, além de workshops e clínicas para professores.
"Eu poderia ser professor, teria me proporcionado uma condição financeira imediata. Mas preferi investir nos meus resultados. Quando eu parar de jogar, volto a dar a minha aulinha", brinca. "Se eu tivesse me machucado, estaria ferrado. Mas hoje estou entre os grandes."
Rafael considera que serve, senão de exemplo, de motivação para os atletas da nova geração. "Tem que criar coragem e ir pra fora, mas tudo custa muito e você precisa ter contados, dar as caras. Muitas vezes fiquei na casa de atleta, pegava carona com um outro, e assim por diante. Ainda assim, no começo você só toma cassetada", lembra.
Quatro anos depois da medalha conquistada em Santo Domingo (prata por equipes), os brasileiros voltaram a conquistar um pódio no Rio-2007. Desta vez, o Brasil ficou em terceiro, após perder para o Canadá por 2 a 0 na semifinal.
Rafael também teve outra boa participação na competição, ao chegar nas quartas-de-final do individual. Se vencesse o colombiano Miguel Rodriguez, o atleta teria a medalha de bronze garantida.