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Luciano Barbosa morava em Rio Grande e fazia faculdade de Análise de Sistemas quando decidiu largar tudo e se mudar para São Paulo, em 2000. "Já tinha sido campeão estadual oito vezes, não tinha mais para onde crescer", conta o atleta.

Em São Paulo, passou a se dedicar ao squash, esporte que pratica desde os 11 anos e que é a sua principal ocupação atualmente. Luciano dá treinos e aulas em uma academia, rotina que concilia com mais treinos individuais, físicos e de quadra. Descanso, só aos domingos.

"Em São Paulo minha vida ficou mais dinâmica, além de poder participar de mais campeonatos. Atualmente, treino cerca de uma hora e meia de quadra e à tarde faço trabalhos físicos e mais uma hora de squash", lembra o atleta.

Luciano compara a preparação antes de cada Pan. Em 2003, quando o Brasil conquistou a prata por equipes, Luciano havia passado por um período de intercâmbio no Canadá, onde treinou com alguns dos adversários que ele veio a enfrentar nos Jogos.

"Esse ano não vai ter viagem, mas estamos treinando forte", diz Luciano, que treina regularmente com Rafael Alarcon, companheiro de seleção, que o incentivou a se mudar para São Paulo 'respirar' squash. "Se quer jogar, vem", teria dito o colega. Luciano não se arrepende. "Gosto é de esporte, não de análise de sistemas", brinca.

No Rio de Janeiro, Luciano teve mais dificuldade do que em Santo Domingo. Mesmo assim, ainda faturou a medalha de bronze por equipes, após perder na semifinal para o Canadá. Mas a principal dificuldade do esporte ainda é a falta de incentivos, cenário que não deve mudar independente do resultado.

"Como as pessoas só se preocupam com o esporte a cada quatro anos, é praticamente impossível viver de competições", lamenta. "Já os Estados Unidos investiram bastante nos últimos anos, e quando eles investem, já viu..."

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