UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Karen Redfern Goes

Data e local de nascimento:
04/12/1963, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
65 kg/ 1,70 m

Residência:
São Paulo (SP)

Participações no Pan:
Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan-2007:
Quinto lugar por equipes e quartas-de-final no individual

Karen Redfern

Aos 43, a veterana Karen Redfern disputou seu terceiro Pan no Rio de Janeiro. E o que parecia distante há aproximadamente um mês, vai virar realidade. Este foi o último campeonato da 15 vezes campeã brasileira de squash.

"As pessoas olham estranho quando vêem a velhinha aqui entrando em quadra. Mas eu estou bem, e é isso o que importa. Tem muita gente que fala pra eu parar, minha mãe mesmo fala isso há 10 anos", diz a atleta. "Convivo tanto com essa molecada que acabo me sentindo jovem. Nem uso nada de creme para a idade", ironiza Karen.

Neste último Pan, Karen caiu nas quartas-de-final do individual feminino, e teve como melhor desempenho um quinto lugar na disputa por equipes, após vencer a Argentina.

Invicta no campeonato brasileiro após 14 títulos, Karen sofreu sua primeira derrota da década para Thaísa Serafini em 2005. Passou então a ser alvo de críticos, que davam sua aposentadoria como certa.

"Eu estava contundida e tive que ouvir de todo mundo que era a hora de parar", lembra Karen, que voltou a vencer o Brasileiro no ano seguinte, completando 15 títulos. A atleta, que em 2003 era acompanhada de jogadoras mais experientes, encara agora o desafio de liderar Thaísa e outra novata, Mariana Pontalt, de quem ganhou o apelido de "mami".

"As meninas já sabem que sou chata com horário e disciplina, pego no pé mesmo. Já assumi o papel de mãezona", conta Karen que, em troca, considera as colegas suas "filhas da quadra." Fora da casa, Karen volta as atenções para os filhos Vitória, de 12 anos, e Luis Fernando, 10.

"Essas meninas ainda têm muito a aprender comigo, mas elas têm vitalidade. Acho bom ter renovação para o esporte." Na rotina da atleta, o preparo físico é aliado a uma vida regrada. "Não é como ter 18 anos, mas dá pra manter a boa forma. Outros cuidados fazem a diferença, como dormir cedo, não abusar da alimentação. O pessoal desiste porque não consegue manter o ritmo. O equilíbrio emocional pesa muito."

O foco de Karen é o trabalho de musculação fora da quadra, que ela chama de "manutenção". "Não tenho mais o que aprender, mas não posso abusar. Hoje controlo as horas de treino", conta a atleta.