Data e local de nascimento:
25/11/1973, no Rio de Janeiro (RJ)
Peso/Altura:
76 kg / 1,80 m
Residência:
Rio de Janeiro (RJ)
Prova:
Skiff quádruplo
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Quinto lugar
Renata Görgen
"O remo é como uma cachaça", afirma a atleta da seleção brasileira Renata Görgen. "Viciada" há mais de dez anos, Renata foi bailarina clássica dos seis aos 16 anos. "Eu dancei 'O Quebra Nozes no Municipal'", conta. Porém com o passar do tempo, acabou cansando da vida das sapatilhas e a deixou de lado.
Passou dois anos sem fazer nada e isso começou a preocupar o pai, que foi remador profissional. "Meu pai viu que eu estava saindo demais à noite e resolveu me chamar para remar". O convite foi aceito e logo de cara Renata conheceu o treinador da seleção brasileira, que a colocou para treinar junto com os selecionados. "Eu era alta e acabei tendo uma vantagem em relação a outros atletas", conta.
Em 1995 veio a primeira competição e junto o primeiro ouro. Pronto, a cachaça já estava incorporada no seu dia. No mesmo ano conseguiu conquistar o Campeonato Brasileiro e dois anos depois do Campeonato Sul-Americano, justamente no mesmo barco em que competiu no Pan, o skiff quádruplo feminino.
Os bons resultados acabaram resultando na convocação para os Jogos Pan-Americanos de 2003. Porém, por um motivo pessoal, Renata pediu dispensa da seleção e acabou deixando do sonho do Pan em segundo plano. Ainda em 2003 quase encerrou sua vida com o remo. Afastou-se da seleção e começou a trabalhar no setor de cobranças de uma empresa de telefonia celular: "Eu treinava à tarde e meu rendimento caiu muito".
Mas ela demorou a perceber que estava no caminho errado. Só em 2006, quando meu namorado conseguiu um patrocínio para mim que voltei a treinar integralmente: "Aí venci o Campeonato Brasileiro e acabei conseguindo a vaga para o Pan".
Vaga que ela só aceitou porque acreditava na chance de medalha brasileira. "É a primeira vez que um barco feminino está tão bem", afirma. Renata foi para conseguir o uma medalha feminina, o que seria inédito na história brasileira no Pan. Mas não conseguiu. O barco da remadora conseguiu a vaga para a final, mas acabou em último lugar, a pouco mais de 35 s dos primeiros, os canadenses.