Data e local de nascimento:
25/06/1982, em Uberlândia (MG)
Peso/Altura:
68 kg / 1,80 m
Residência:
Rio de Janeiro (RJ)
Prova:
Skiff quádruplo
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio:
Sexto lugar
Kyssia Cataldo
A princípio Kissya não queria nem conhecer o remo. Tinha 18 anos, era estagiária de direito em um banco e havia acabado de deixar de lado o vôlei, esporte que praticou por muito tempo, embora não fosse tão boa. Seu chefe, que também era presidente do departamento de remo de um clube, vendo que tinha características fisiológicas de uma boa remadora começou a insistir que ela fosse conhecer o esporte. Mas Kyssia não queria.
Até que foi vencida pelo cansaço. "Ele me encheu tanto o saco que fui e gostei". Mas o gosto durou pouco, dois dias. O tanque em que os atletas começam a aprender o esporte não a animou e logo ela estava fora. Quem se interessou, porém, foi sua irmã. Kyssia foi pedir ao chefe para que a irmã treinasse no clube e a resposta foi clara: "Ela só vai se você for".
As duas foram, muito embora só Kyssia tenha permanecido. Ela conta porque não desistiu dessa vez. "Logo competi minha primeira regata e gostei muito". Em 2002, dois anos depois de ter começado a remar foi convocada para competir pela seleção brasileira. Foi nesse ano que competiu a primeira prova internacional, os Jogos Sul-Americanos. E o ouro veio como um estimulante que faltava para Kyssia.
Aí ela teve certeza de que queria ser atleta, muito embora as pessoas ao seu redor lhe dissessem para tomar outro rumo. "Sou alta, magra e bonita e as pessoas diziam para eu ser modelo, mas sempre gostei de esporte", conta. O que sobrou de uma possível carreira de modelo imensa vaidade: "Gosto muito de ficar bonita", afirma. Para isso carrega consigo uma mala só com esmaltes, cremes e batons. E no Pan não foi diferente. "Acho que vou pintar minhas unhas de verde e amarelo", disse antes de competir no Rio.
Não serão apenas as unhas de Kyssia que estamparão as cores da bandeira brasileira. Isso porque, quando ela compete pela seleção coloca um piercing no umbigo com a bandeira do Brasil.
Admiradora da noite carioca, Kyssia diz que o remo não a deixaram sair muito. Foram treinos intensos que visaramm "pelo menos uma medalha de bronze". Entretanto, acabaram terminando em último lugar com uma desvantagem de mais de 35 s para as cubanas, que venceram. Mas uma coisa ela garantiu: "No dia 19 com certeza vou sair para comemorar. Seja qual for o resultado".