UOL Esporte - Pan 2007
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Arquivo Pessoal

Nome completo:
Nilton Silva Alonço

Data e local de nascimento:
27/05/49, em Arroio dos Ratos (RS)

Peso/Altura:
55,5kg /1,58m

Residência:
Rio de Janeiro (RJ)

Participações no Pan:
Caracas-1983, Indianápolis-1987 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Medalha de prata

Gauchinho

Na equipe ninguém conhece este medalhista de prata no Pan 2007 pelo nome. "Nilton Silva Alonço? Não sei que é não. Ah, o Gauchinho...". Nascido no Rio Grande do Sul, a origem do apelido é evidente e o dono faz gosto, mesmo morando no Rio de Janeiro há 37 anos. "É bom porque lembra o Sul, minha cidade", conta com saudade o timoneiro, ou seja o atleta que é responsável por comandar o andamento da embarcação, da categoria oito com masculino.

Gauchinho chegou no Rio de Janeiro em 1969 com o propósito de ficar pouco tempo. Sua idéia inicial, assim como a de dois amigos que vieram com ele, era viajar de barco para a Inglaterra. "Aí cheguei no Rio, não tinha condições e acabei dormindo no departamento de remo". Foi convidado pelo técnico para treinar e deixou o sonho da Inglaterra de lado.

Porém mal sabia ele que por conta do remo iria conhecer tantos lugares, como já foi. Ele é um dos atletas mais velhos do Pan, e os 58 anos não atrapalharam a experiência deste atleta que já timoneou em três Olimpíadas e em dois Jogos Pan-Americanos. Gauchinho competiu em Montreal, em 1976, foi para Los Angeles, em 1984 e Seul, em 1988.

Segundo ele todas as experiências foram inesquecíveis, mas a que mais deixou lembranças foi o quarto lugar conquistado em Los Angeles, que é até hoje o melhor resultado conquistado por brasileiros em Jogos Olímpicos.

Em Jogos Pan-Americanos havia conseguido duas pratas, uma no quatro com em na edição de 1983, em Caracas, e a outra em 1987, em Indianápolis. A terceira veio nesta edição, com o segundo lugar na prova de oito com. Ele já esperava o resultado: "Só não posso dizer qual ainda", contava alegre.

Embora esteja literalmente no mesmo barco que seus companheiros, Gauchinho tem uma diferença entre todos os atletas da seleção. Enquanto para os demais atletas remar é a obrigação, para Gauchinho remar é "só para arejar a cabeça". Mas ele não se sentia mais especial por isso. "A responsabilidade é dos nove atletas", conta.