Data e local de nascimento:
21/01/1976, em São Paulo (SP)
Peso/Altura:
1,83 m / 82 kg
Residência:
São Paulo (SP)
Posição:
Atacante
Clube:
Pinheiros (SP)
Participações no Pan:
Mar del Plata-1995, Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio-2007
Campanha no Pan:
Rio-2007
Erik Seegerer
Em seu quarto Pan-Americano, Erik Seegerer ajudou o Brasil na conquista da mais uma medalha de prata no torneio masculino de pólo aquático. Na final, o Brasil perdeu novamente dos EUA, repetindo a medalha conquistada em 2003, no Pan de Santo Domingo.
Um dos mais experientes integrantes da seleção brasileira de pólo aquático, Erik Seegerer começou a praticar natação não em um clube privado, mas em um conjunto esportivo mantido pelo Estado e, por isso, gratuito.
Aos 10 anos de idade, ele já competia pelo Baby Barioni, de São Paulo. Pouco tempo depois, o professor do conjunto esportivo percebeu o potencial do aluno e o indicou para o Paineiras. Aos 12 anos, Erik foi "fisgado" por um dos maiores clubes da capital, o Pinheiros. Especialista em crawl e costas, ele integrava também as equipes de revezamento livre e medley e chegou a conquistar pódios em campeonatos paulistas.
Dois anos depois, contudo, resolveu mudar para um esporte coletivo, sem abandonar as piscinas, e acabou no pólo aquático. "Foi ótimo, porque quem sabe nadar bem leva vantagem. E até hoje eu tenho esta característica de ser um bom nadador na seleção de pólo", destaca.
O atacante entrou para a seleção adulta aos 19 anos de idade. Nestes 12 anos defendendo o Brasil, ele ficou afastado uma única vez, por dois anos, quando estava terminando a faculdade de Engenharia Civil. Quando deixou o grupo, já tinha experiência em dois Pans, o de Mar del Plata-95 e o de Winnipeg-99. Mas não podia deixar de lado a vida profissional.
Formado e trabalhando como arquiteto, ele voltou para o time em 2001, para disputar a Liga Mundial. Dois anos depois, disputou seu terceiro Pan-Americano, em Santo Domingo, ajudando o Brasil a conquistar a prata.
Os Jogos do Rio de Janeiro devem marcar sua despedida, aos 31 anos de idade. Por isso, ele quer aproveitar para abrir caminho para o futuro do esporte. "Estou iniciando um projeto social para quem não tem acesso a clubes, como eu, que nunca fui sócio de nenhum. Quero trabalhar em espaços públicos da cidade e buscar o apoio da iniciativa privada para o trabalho", contou o atleta, antes do Pan.
Para ele, o Pan é uma boa oportunidade de divulgar o projeto. "O jogador de pólo no Brasil ama o esporte, mas faz como hobby. Eu acho que o principal é massificar a prática da modalidade, tornar popular e atrair a mídia, para, consequentemente, atrair capital", afirma.
Dono de um escritório de arquitetura, Erik programou sua temporada para priorizar o esporte, como atleta e também como futuro coordenador do projeto social. "De um ano pra cá eu puxei o freio de mão no escritório para me dedicar ao Pan. Quero estar o melhor possível porque este pode ser meu último. Depois dele, vou me dedicar a outras atividades", avisa.