UOL Esporte - Pan 2007
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Divulgação

Nome completo:
Poliana Okimoto

Data e local de nascimento:
08/03/1983, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
51 kg / 1,65 m

Residência:
Santos (SP)

Prova:
10 km maratona aquática; 800 m livre

Participações no Pan:
Rio-2007

Campanha no Pan do Rio:
Medalha de prata na maratona aquática

Poliana Okimoto

Como previsto e até mesmo planejado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a primeira medalha do Brasil no Pan-Americano veio com Poliana Okimoto, na maratona aquática. Mas o fato de subir ao pódio para receber a prata não satisfez completamente a nadadora, que comemorou a conquista, mas não deixou de lamentar ter perdido a chance do ouro. E foi realmente por muito pouco que a atleta não abriu a programação em grande estilo.

A norte-americana Chloe Sutton, de apenas 15 anos, principal rival da brasileira, permaneceu na liderança da prova por mais de 9 km. Mas, nos últimos metros, Poliana acelerou o ritmo em busca da adversária, chegou a ficar à frente da competidora dos EUA, mas ficou um pouco atrás na batida de mão no pórtico de chegada.

O presidente da CBDA, Coaracy Nunes, havia pedido ao comitê organizador do Pan para inverter a ordem das provas de maratona no Pan, as primeiras a valer medalhas, apostando exatamente em Poliana.

Mas justamente o desempenho da maratona tirou Poliana dos 800 m livre. A atleta sofreu uma indisposição estomacal por engolir a água poluída do mar de Copacabana. Ela conseguiu a vaga para a prova ao vencer os 800 m na última seletiva para o Pan, no início de maio. No parque aquático Júlio Delamare, ela fez o tempo de 8min46s87.

Depois de reclamar durante a competição da falta de patrocínio, a atleta fechou contrato de quatro anos com uma marca de produtos esportivos. E foi garantir sua vaga na maratona, com o tempo de 2h11min28, na seletiva realizada no dia 12 de maio, também no Rio de Janeiro.

Com o bom desempenho no Pan, a atleta espera ter mais visibilidade para conseguir reconhecimento e atrair mais patrocinadores. Porque, em termos de competitividade, ela já conseguiu bons resultados. No ano passado, foi vice-campeã do Mundial de Águas Abertas, na Itália. Na preparação para os Jogos, conseguiu um terceiro lugar na etapa de Sevilha do circuito da federação internacional.

Seu sonho é disputar as Olimpíadas. "A cabeça da gente não pára nunca. Quando consegue um objetivo, já coloca mais três nos planos", admite.

O início da carreira promissora foi mesmo nas piscinas. Poliana gostava de provas longas e só fazia travessias no mar "de vez em quando, como treino". Mas, em 2005, ela resolveu participar da Travessia dos Fortes e o resultado mudou seus planos. "Pensei em ver como era e, talvez, ficar em quinto lugar, porque a premiação era boa. Só que eu ganhei e bati o recorde da prova. Foi um susto", lembra.

A partir daí, ela deixou de ter medo do mar e das concorrentes. No Mundial de 2006, levou uma cotovelada e teve um tímpano rompido. No Mundial de esportes aquáticos de Melbourne, em março deste ano, terminou em oitavo lugar depois de enfrentar não apenas as rivais, mas também as águas-vivas.