UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Kaio Márcio Ferreira Costa de Almeida

Data e local de nascimento:
19/10/1984, em João Pessoa (PB)

Peso/Altura:
76 kg / 1,75 m

Residência:
João Pessoa (PB)

Provas:
100 m e 200 m borboleta

Participações no Pan:
Santo Domingo-2003; Rio-2007

Campanha no Pan do Rio:
Ouro nos 100 m e 200 m borboleta; prata no revezamento 4x100 m medley

Kaio Márcio de Almeida

O Brasil conseguiu uma dobradinha na prova dos 100 m borboleta dos Jogos Pan-Americanos. Kaio Márcio conquistou a medalha de ouro, na manhã do dia 18 de junho, no Parque Aquático Maria Lenk, e deixou logo atrás Gabriel Mangabeira. Foi o nono ouro do país no Rio, o quarto na natação.

Kaio, que foi campeão mundial da prova em piscina curta, em 2006, não teve boa largada, mas deu sinais de recuperação perto da virada. Mesmo ficando atrás do venezuelano Alberto Subirats nos primeiros 50 metros, ele contou com boa velocidade na reta final para arrebatar mais um ouro para o país.Após o "sprint", Kaio bateu na frente, com o tempo de 52s05, que é o novo recorde pan-americano.

Kaio Márcio conquistou nos 200 m borboleta sua segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. Com o tempo de 1min55s45, ele obteve, além da 21º medalha para o Brasil - a décima de ouro -, o novo recorde sul-americano, que era de 1min57s38. O recorde mundial (1min52s09) pertence ao norte-americano Michael Phelps.

A outra medalha de Kaio veio no revezamento 4 x 100 m medley. Nadando borboleta, ele contribuiu para a medalha de prata do time brasileiro, que tinha ainda Thiago Pereira, Henrique Barbosa e César Cielo.

O apelido “gordo” parece incoerente para quem distribui 76 kg ao longo de 1,75 m, mas Kaio Márcio afirma que só quando começou a treinar com mais regularidade e a competir, aos 15 anos, é que conseguiu entrar em forma.

A rotina permite que ele continue aproveitando os quitutes preparados pela avó Socorro e pela mãe Gisleide. Ter a família por perto, aliás, é o principal motivo que leva o nadador a continuar treinando em sua cidade natal, João Pessoa, depois de passar uma temporada no Flamengo.

O começo foi no Esporte Clube Cabo Branco, em sua cidade natal. Aos 9 anos, o paraibano começou a freqüentar as piscinas por indicação médica, para controlar uma crise de asma. O tratamento se transformou em medalhas e recordes, que levaram o nadador a assumir o posto de esperança da nova geração e se tornar a grande aposta para o Pan-Americano.

O pai, José Márcio, também teve influência na escolha da carreira do filho. Ex-nadador e jogador de pólo aquático, ele chegou a defender a seleção brasileira e quase levou Kaio para o esporte de equipe. Hoje, o irmão caçula, Kaique, é quem segue os passos do mais velho, também se dedicando ao nado borboleta.

Não foi à toa que Kaio Márcio passou a ser considerado um dos grandes nomes da natação brasileira. Credenciais ele tem para apresentar. É o recordista mundial dos 50 m nado borboleta em piscina curta (25 metros), com a marca de 22s60 registrada em dezembro de 2005, em Santos, no litoral paulista. Também é campeão mundial dos 100 m borboleta em piscina curta, título conquistado em Xangai, na China, em abril de 2006. Na temporada 2005/2006 da Copa do Mundo, venceu as nove provas que disputou.

O que falta é mostrar a mesma força em piscinas de 50 metros, as que são utilizadas nas Olimpíadas. No Mundial de Barcelona-2003, ele foi semifinalista dos 200 m borboleta. No Pan de Santo Domingo, no mesmo ano, foi prata nos 200 m e bronze nos 100 m borboleta, além de ajudar o Brasil a conquistar a medalha de prata no revezamento 4x100 m medley.

Mas nas Olimpíadas de Atenas-2004, só disputou provas eliminatórias. Não passou de uma 17ª colocação nos 100 m (ficou a 11 centésimos de uma vaga nas semifinais) e de um 19º lugar nos 200 m borboleta. No revezamento 4x100 m medley, entrou na equipe brasileira depois da decisão de poupar Gabriel Mangabeira para a final dos 100 m borboleta. Ao lado de Eduardo Fischer, Jader Souza e Paulo Machado, ficou na 15ª posição.

Este ano, por causa de uma lesão no ombro, ele ficou fora do Mundial de Melbourne, em março. Na última seletiva para o Pan, no início de maio, uma febre o tirou da final dos 100 m borboleta, mas ele já tinha assegurado sua vaga com o tempo das eliminatórias, 51s99. Nos 200 m, sua prioridade para os Jogos, ele tem a melhor marca do país, 1min57s69.