Nome completo:
Joanna de Albuquerque Maranhão Bezerra de Melo
Data e local de nascimento:
29/04/1987, em Recife (PE)
Peso/Altura:
60 kg / 1,74 m
Residência:
Recife (PE)
Prova:
200 m e 400 m medley
Participações no Pan:
Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan-2007:
Quarto lugar nos 200 m e nos 400 m medley
Joanna Maranhão
"Aos 17, estava em Atenas. É natural que aos 20, eu esteja no Pan. E é natural também que as pessoas pensem assim. Só que pra mim, não tem sido tão natural assim".
Joanna Maranhão não teve problemas em confirmar as melhores vagas nas provas de 200 m medley e 400 m medley nos Jogos Pan-Americanos. Mas a nadadora sabe que está longe do pódio. Joanna mantém um jejum de novos índices, que se prolonga há quase três anos. Suas marcas, ainda da Olimpíada, parecem perseguir a recifense, que luta contra sua própria instabilidade emocional para seguir treinando.
Mas neste Pan do Rio Joanna deu mostras de que está se recuperando ao terminar na quarta colocação das duas provas que disputou.
No final de 2006, a nadadora fez uma operação na amídala e no nariz. Depois, em recuperação, ela perdeu seis quilos. Para ganhar peso, teve que mudar sua preparação. "As coisas não acontecem quando a gente quer. Mas sei que Deus vai me botar uma luz", disse.
"Estou tentando, e isso daqui é o que eu amo fazer. Nadando bem ou mal, vou continuar nisso", afirmou a nadadora.
Seu técnico, João Reinaldo Nikita, tem saudades dos velhos tempos. "Em Atenas, ela era melhor do que todas essas outras que você vê hoje vencendo. Mas não teve estrutura para se manter", avaliou. "Além disso, ela tem algumas atitudes que contrastam com a postura que se espera de um atleta. Até do nutricionista ela já fugiu. E vive comendo chocolate!"
Nas Olimpíadas de Atenas, mesmo sem ganhar medalha, Joanna Maranhão quebrou um tabu que durava 56 anos e se classificou para a final dos 400 m medley. Maranhão foi primeira brasileira desde Piedade Coutinho, em Londres-1948, a chegar a uma final olímpica da natação. Na decisão, acabou em quinto lugar.
Nas semifinais dos 200 m medley, a nadadora quebrou o recorde sul-americano e brasileiro, mas não conseguiu se classificar para a final da prova. Joanna fez o tempo de 2min15s43 e terminou na 11ª colocação. No revezamento 4x200 m livre, Joanna chegou a mais uma final. Nadando entre as principais potências da prova, as brasileiras conquistaram um inédito sétimo lugar e ainda quebraram o recorde sul-americano da prova.
Tentando prevenir que a filha tivesse asma como o irmão, a mãe Tereza levou Joanna para a piscina logo aos três anos de idade. Começava a história de uma das mais promissoras nadadoras brasileiras na atualidade. Aos 12 anos, Joanna passou a treinar no Nikita/Sesi e não demorou para mostrar que tinha um enorme talento.
Em seus primeiros campeonatos infantis, acostumou-se a vencer todas as provas que disputava. Quatro anos mais tarde, em 2003, disputou seu primeiro Mundial, em Barcelona. Competindo contra as melhores do mundo e ainda em fase de treinamento para o Pan, fez o 24º tempo nas eliminatórias dos 200 m medley e o 15º nos 400 m medley.