UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
César Augusto Cielo Filho

Data e local de nascimento:
10/01/1987, em Santa Bárbara D’Oeste (SP)

Peso/Altura:
83 kg / 1,95 m

Residência:
Auburn (EUA)

Provas:
50 m e 100 m nado livre

Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Ouro nos 50 m, nos 100 m livre e no revezamento 4x100 m livre; prata no 4x100 m medley

César Cielo

César Cielo confirmou o favoritismo e conquistou as medalhas de ouro nos 100 m e nos 50 m livre. Com os tempos de 48s79 e 21s84, respectivamente, ele superou os recordes pan-americanos da provas. Além disso, ele contribuiu decisivamente para a conquista do primeiro lugar também do revezamento 4 x 100 m livre ao fechar a série brasileira com o tempo de 48s18. Para encerrar a sua participação no Rio, ele ficou com a prata no revezamento 4 x 100 m medley.


O tempo que lhe valeu o ouro nos 50 m livre, 21s84, ficou apenas 20 centésimos acima do recorde mundial da prova, que ainda pertence ao russo Alexander Popov.

Cielo despontou no país como sucessor de Fernando Scherer exatamente quebrando os recordes que eram de Xuxa. Primeiro foi o dos 100 m livre, em dezembro do ano passado, e depois o dos 50 m livre, no Mundial de Melbourne, em março deste ano. Na Austrália, Cielo também baixou a própria marca sul-americana nos 100 m.

Sua preparação foi toda feita em Auburn, nos Estados Unidos, onde treina e estuda Comércio Exterior. Seguro por ter o melhor tempo do país, ele não participou nem mesmo do Troféu Maria Lenk (antigo Troféu Brasil), última seletiva para o Pan, realizada em no início de maio, no Rio de Janeiro.

Com um futuro que promete muitas vitórias, ele já serviu de incentivo para a irmã entrar para a natação. Fernanda, 16 anos, é atleta do mesmo clube de Santa Bárbara D´Oeste no qual o irmão mais velho iniciou sua carreira. Aos oito anos, Cielo viu que era bom mesmo na natação, depois de tentar o judô e o vôlei. "O problema do judô é que eu era muito mais alto que os meninos da minha idade, então me colocavam pra lutar com os mais velhos e eu levava muita porrada", lembra.

O vôlei foi uma escolha do pai, César Cielo, que também já tinha praticado a modalidade e achou que o filho podia gostar. Mas quem definiu mesmo a carreira do nadador foi a mãe Flávia, que o levou para o clube Pinheiros, em 2003. Professora de educação física, ela se inscreveu em um curso ministrado pelo técnico Alberto Silva, apenas para convencê-lo a treinar seu filho. Com isso, o nadador adiaria os planos de ir para os Estados Unidos e não ficaria tão longe da mãe que, na época, morava em Piracicaba, a 152 km da capital.

Para treinar ao lado do ídolo Gustavo Borges, Cielo enfrentou a "cidade grande". "No começo, era complicado até pegar ônibus, porque era tudo bem diferente do que eu estava acostumado. Eu morava e estudava perto do clube, mas era o perto de São Paulo, aquele que demora pra ir de um lugar para o outro", conta.

De ídolo, Gustavo Borges assumiu logo o posto de conselheiro, e passou até a dar palpites no treino do novato. "Fiquei quase dois anos treinando com ele e aprendi muita coisa. O Gustavo é muito atencioso e perfeccionista, e me ajudou a melhorar minha técnica", afirma.

O mestre também apresentou seu discípulo à universidade norte-americana, recomendando-o ao técnico David Marsh. E deu a Cielo seu primeiro talismã: uma calça fast skin que ele usou na seletiva para o Mundial de piscina curta de Indianápolis, em 2004. Na competição, o revezamento brasileiro foi prata nos 4x100 m livre, com direito a recorde sul-americano. A peça foi emoldurada e ocupa um espaço na casa dos pais do nadador, em Santa Bárbara D´Oeste.