Data e local de nascimento:
07/08/1973, em São Paulo (SP)
Peso/Altura:
72 kg / 1,73 m
Residência:
São Paulo (SP)
Categoria:
Até 72kg
Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007
Campanha no Pan do Rio: Bronze
Rosângela Conceição
Uma das principais lutadoras da atualidade no país, Rosângela começou a carreira no judô por influência de seu irmão, que praticava a modalidade. "Ele fazia judô, comecei a praticar a mesma modalidade e gostei", conta a lutadora, que chegou a disputar os Jogos Olímpicos de Atlanta-96. Sem muito sucesso, "Zanza", que também é faixa-preta de jiu-jitsu, mudou para a luta olímpica em 2003 em busca de melhores resultados. Deu certo.
Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Rosângela fez história ao garantir para o Brasil sua primeira medalha de luta em Pans entre as mulheres. Ela conquistou o bronze na categoria até 72 kg.
Além dos treinos, Rosângela estuda Educação Física e dá aulas de lutas de contato, defesa pessoal e personal. A atleta também desenvolve um projeto com crianças com síndrome de Down. Apesar de tantas ocupações, ela já passou por grandes sufocos para poder treinar. "Na última fase da seletiva para o Pan, eu tinha chegado de um treinamento no exterior e estava completamente sem dinheiro pada nada. Esse foi o primeiro aperto, e minha academia me ajudou e bancou algumas despesas", conta Rosângela.
"Dali a alguns dias, eu tinha o Brasileiro, e era essencial disputar para tentar a vaga no Pan. Não tinha dinheiro para viajar de São Paulo ao Espírito Santo, além de não ter recursos para a inscrição e as refeições nos dias de competição. Falei com a Federação, e o presidente, Elísio Macambira, pagou tudo. Só por isso me classifiquei para os Jogos", lembra.
Como inspiração, Rosângela leva uma frase do Dalai Lama sobre desafios. "No dia-a-dia, os problemas surgem invariavelmente. No entanto os problemas, em si, não causam automaticamente o sofrimento. Se conseguirmos lidar diretamente com nossos problemas e voltar nossas energias para descobrir uma solução, por exemplo, o problema pode ser transformado num desafio. Acredito muito nisso", diz a lutadora.
Destaque feminino da equipe de luta que foi ao Rio, Rosângela defende que as mulheres também podem ter sucesso na luta sem a conhecida truculência dos homens. "Sou muito vaidosa. Luto sempre com o cabelo bem feito e unhas pintadas. A mulher tem que se cuidar e não pode perder a feminilidade, mesmo praticando um esporte como a luta", opina a atleta, que faz questão de cuidar do visual em todas as competições.