Data e local de nascimento:
25/04/1981, em Duque de Caxias (RJ)
Peso/Altura:
58 kg / 1,57m
Residência:
Duque de Caxias (RJ)
Categoria:
Até 58 kg
Participações no Pan:
Rio-2007
Campanha no Pan do Rio:
Décima posição
Eliane Silva
Eliane teve uma participação ruim no Pan-Americano-2007. Ela ficou apenas na 10ª colocação na categoria até 58 kg, que teve a equatoriana Alejandra Escobar como medalhista de ouro.
A lutadora culpou a perda de peso 'em cima da hora' pelo mau rendimento na prova. "Na pesagem oficial eu estava com 57 kg, talvez pelo nervosismo de competir. Por isso, senti tontura, o que atrapalhou meu rendimento", afirmou.
Só por participar no Pan do Rio, Eliane já se considerava uma grande vitoriosa. “Poxa, é um evento muito grande, com muita estrutura”, diz a atleta, que reclama da falta de atenção dos governantes que não estão nem aí, e que só querem saber de futebol. “Eles dizem que não somos profissionais. Mas eu abro mão de tudo pelo esporte. Faço tudo com muito amor, mas é difícil”, desabafa.
“A medalha será conseqüência. Os atletas dos outros paises têm estrutura e incentivo desde pequenos, e de todo mundo. O nosso incentivo vem só do treinador, que se vira, e tira do próprio bolso para nos ajudar”, comenta Eliane. “Não dá para pedir ajuda da família. Eu não tenho nada. É mais fácil eles me pedirem do que eu pedir, acho que precisamos de mais atenção do país”.
Eliane começou a praticar esportes nos Jogos Estudantis que acontecem anualmente em Duque de Caxias. Foi convidada para integrar e equipe de sua cidade após obter o terceiro lugar no arremesso de peso. “Quando cheguei à equipe me especializei mesmo no lançamento do dardo”, explica.
Ficou por alguns anos defendendo sua cidade natal. Foi chamada para integrar a equipe do Vasco, quando permaneceu por três anos. “O Vasco passou por uma crise em 2003. Não tinha mais verba para treinar e não ganhava nada com isso. Pensei:'se é para treinar de graça, quero representar Caxias'”, conta Eliane.
Sabendo de seu potencial um amigo a apresentou para Dragos Stanica, técnico da seleção feminina que vai ao Pan. E gostou do esporte. “Agora o dardo só quando tem alguma competição. Eu não treino, mas quando me convidam para participar, eu vou”.
“Minha mãe até hoje tem medo. Dizia que eu ia ficar com problema na coluna, falava que eu ia ficar cheia de dor”, conta rindo. Eliane explica que seu principal incentivador é até hoje seu técnico. “Antes tinha medo. Tive dois técnicos antes de Dragos, um cubano e um russo. Fiquei gigante, com um coxão, toda musculosa. Eu não queria ficar. Todo mundo dizia: 'olha a Roberta Carlas aí'! Mas com o Dragos fiquei diferente, só com corpo definido”, conta, dizendo que está mais feminina e magrinha. “Ele me incentivou a continuar”, conclui a atleta.