UOL Esporte - Pan 2007
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Divulgação

Nome completo:
João Derly de Oliveira Nunes Júnior

Data e local de nascimento:
02/06/81, Porto Alegre

Peso/Altura:
66 kg /1,63 m

Residência:
Porto Alegre (RS)

Categoria:
Meio-leve, até 66 kg

Participações no Pan:
Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Medalha de ouro

João Derly

O único brasileiro campeão mundial de judô (em 2005, no Egito)saiu dos Jogos Pan-Americanos 2007 com uma medalha de ouro. Os holofotes, porém, não eram novidades para ele. Em 2003, no Pan de Santo Domingo, o judoca era o mais cotado para uma medalha na equipe masculina. Foi derrotado e eliminado sem sequer um bronze.

"São épocas diferentes da minha vida. Em 2003, eu tinha muito problemas de peso. Ainda assim lutei contra um grande adversário", diz Derly, que na época lutava na categoria ligeiro (até 60 kg), uma abaixo em que está atualmente. Tanto era a sua dificuldade em se manter no peso que ele chegou a ser suspenso, em 2002, por doping após um controle detectar a presença de diuréticos. Ficou seis meses fora dos tatames.

Mesmo se mostrando mais maduro, ele refutava o favoritismo e dizia que qualquer resultado no Pan já era importante. "Sempre fica uma expectativa das pessoas comigo. Sempre entro tranqüilo para fazer o meu melhor. Uma medalha de prata ou de bronze está legal. Aliás, só de estar lá já é bom", analisava. Mesmo assim, o judoca que conseguiu a vaga para o Pan em uma seletiva conturbada, foi o melhor de sua categoria e encerrou a participação brasileira com medalha de ouro.

Agora, aos 26 anos, Derly afirmou que desde do título mundial de 2005 os rivais começaram a olhá-lo de maneira diferente: "Sinto que eles têm me estudado bastante. Mas isso é bom porque me obriga a estar sempre evoluindo. É por este motivo que tenho tentado aprimorar minha parte física, além de variar muito mais meu estilo de luta".

Aos 7 anos, por causa de uma asma, o futuro judoca tinha a mania de "brincar de brigar" com as pessoas. O esporte ideal parecia o judô. "Eu era uma criança bem ativa. Vivia de luta com o meu pai, com os meus amigos. Acho que começa ficar sério aos 17 anos, quando fui numa competição sênior no exterior. Vi que fui melhor que o titular do Brasil e pensei: ´Tenho chances'", relembra.

Para o Pan do Rio, Derly se preparou no mesmo clube em que iniciou, com o mesmo técnico, e força na reta final na parte física. Com um preparador físico importado de Cuba, ele conciliou a preparação do tatame com o atletismo. "Ele (preparador) tem sido muito importante não só porque ele está ensinando atletismo aos judocas e melhorando nossa preparação, como também por ter muita vivência no esporte tem me ajudado no lado psicológico", contou antes das lutas que resultaram em ouro