Data e local de nascimento:
02/09/1977, Mogi das Cruzes (SP)
Peso/Altura:
63 kg /1,72m
Residência:
São Paulo (SP)
Categoria:
Ligeiro, até 60 kg
Participações no Pan:
Rio-2007
Campanha no Pan-2007:
Medalha de bronze na categoria até 60 kg
Alexandre Lee
Descendente de coreanos, Alexandre Lee começou no judô por iniciativa da mãe, porque "fazia muita bagunça em casa". No começo, apanhava muito. Logo aos 12 anos se mudou para Suzano para treinar. Quase 20 anos depois, ele ganharia o bronze nos Jogos Pan-Americanos.
Quando pequeno ainda foi para Bastos - terra de infância do seu companheiro de equipe Tiago Camilo. "Fiquei lá dois anos. E logo entrei em competições. Depois fui para São Paulo, treinar no Projeto Futuro (do Governo do Estado de São Paulo, no Ibirapuera)", relembra.
Aos poucos, foi se destacando e esteve bem perto da vaga para as Olimpíadas de Sydney-2000, mas perdeu a seletiva e viajou para a Austrália apenas como reserva.
Depois, na seletiva para o Pan de 2003, ele deu azar de enfrentar o atual campeão mundial do meio-leve, João Derly, que na época ainda disputava as lutas no peso ligeiro (até 60 kg).
Nas Olimpíadas de 2004, a grande chance. Após passar por uma seletiva muito concorrida. Teve que lutar três vezes com Fúlvio Miyata e derrotá-lo em 2 a 1 no resultado final dos combates. Em Atenas, a participação do paulista se limitou à luta de estréia, diante do armênio Armen Nazaryan (ficou sem chance de disputar a repescagem porque seu algoz foi eliminado na seqüência pelo iraniano Masoud Haji Akhondzade).
O próprio coordenador técnico da seleção e chefe de equipe da época afirmou: "O Lee estava muito apático. Não é característica dele perder por falta de combatividade". Se a pressão em Atenas foi grande, o judoca garante que as coisas mudaram para o Pan do Rio. "Acho que cheguei lá (em Atenas) sem muita experiência profissional em competições fora do país. Acho que agora é diferente", diz.
Na preparação final, Lee se dizia em forma: "Acho que para o Pan o que eu precisava fazer, eu fiz". No Rio, como os outros judocas da seleção, a expectativa de medalha era grande. "Acho que minha categoria é bem disputada. Tem uns quatro ou cinco caras disputando. Um canadense, um argentino, um cubano. Eu me coloco entre eles. É muito equilibrada mesmo", confirmava.
Atuando em casa, ele espera ainda contar com o apoio da família de São José dos Campos, cidade em que cresceu. "Eles tentaram comprar os ingressos, mas está esgotado", afirma. Agora, o judoca espera que a Confederação Brasileira ajude o clã Lee a assistir ao filho ilustre.