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Desde os quatro anos de idade, quando assistiu a cavaleiros saltando numa hípica, em Minas Gerais, Bernardo Alves é apaixonado pelo hipismo. Aos 12 anos, foi campeão brasileiro da categoria Mirim. Não parou mais.

Bernardo esteve presente em três edições dos Jogos Pan-Americanos, tendo participado de duas delas -em 1995, em Mar del Plata, foi reserva da equipe que ganhou a medalha de ouro. Em 1999, em Winnipeg, já atuando como titular, subiu ao lugar mais alto do pódio com a equipe brasileira. Em Santo Domingo-2003, ficou com o bronze por equipes. E voltou a receber a medalha dourada nos Jogos do Rio.

Bernardo foi o primeiro brasileiro a entrar na pista no Complexo Esportivo de Deodoro e, com apenas uma falta na final (derrubou um obstáculo na entrada do triplo) manteve a liderança que o Brasil havia assegurado na etapa classificatória da manhã do dia 27 de julho, dia da vitória brasileira. Na disputa individual, o cavaleiro perdeu 13,09 pontos em faltas e terminou na sexta colocação.

Além do tricampeonato pan-americano, Bernardo também tem em seu currículo o título de vice-campeão europeu júnior, conquistado em 1990, além de vários primeiros lugares em campeonatos brasileiros e sul-americanos e em concursos internacionais.

Vindo da classe média, contou com a ajuda de um empresário brasileiro para seguir o caminho dos principais cavaleiros do mundo: a Europa. Em 2002, instalou-se na Bélgica e treinou com Nelson Pessoa, ex-técnico da seleção e pai do companheiro Rodrigo.

Chegou a Atenas como o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial depois de Rodrigo Pessoa. Porém, decepcionou. Montando Canturo, o mineiro começou como o melhor da equipe brasileira nas primeiras classificatórias. Mas, na final, nem conseguiu completar a primeira passagem. Com dois refugos de Canturo, o conjunto foi eliminado.

O desempenho de Bernardo acabou sendo descartado nos resultados finais do Brasil; mesmo assim a equipe não conseguiu repetir os pódios de Atlanta-1996 e Sydney-2000, terminando em décimo. Ele também ficou fora da disputa individual.

Desde a pré-convocação para o Pan, como um dos 20 melhores do ranking internacional, o cavaleiro ficou alheio às polêmicas das seletivas da equipe brasileira e sempre afirmou que disputaria a competição. Manteve sua decisão e saiu do evento com um saldo mais do que positivo.

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