UOL Esporte - Pan 2007
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A ginástica artística baseia-se na evolução técnica de diversos exercícios físicos. Para os homens, as provas são: barra fixa, barras paralelas, cavalo com alças, salto sobre o cavalo, argolas e solo. As mulheres disputam exercícios de solo, salto sobre cavalo, barras assimétricas e trave de equilíbrio.

No salto sobre o cavalo, o ginasta deve percorrer uma distância máxima de 25 m antes de chegar ao aparelho, que fica a 1,35 m de altura para os homens e a 1,25 m de altura para as mulheres. O salto é feito com os dois pés no trampolim e com as duas mãos sobre o cavalo.

No solo, que mede 12 m x 12 m, os homens têm entre 50 e 70 segundos para executar os seus movimentos. Já as mulheres, com um acompanhamento musical, têm entre 70 e 90 segundos para a apresentação. O tempo é o mesmo da apresentação na trave, que tem 10 cm de largura e 5 metros de comprimento.

Na prova de barras assimétricas, aparelho que consiste em duas barras paralelas, dispostas a 2,30 e 1,50 m de altura, a avaliação começa com a impulsão no trampolim e termina com a saída no colchão. Na execução da série, as ginastas são obrigadas a realizar determinados elementos, como piruetas e mortais.

Já a trave de equilíbrio é considerada o aparelho mais difícil para as mulheres. Elas têm entre 70 e 90 segundos para executar os movimentos em uma trave de de 10 cm de largura por 5 metros de comprimento.

Entre os homens, as argolas são o aparelho considerado mais díficil. A 2,55 m do chão, os atletas são obrigados a ficar pelo menos dois segundos parados em uma posição vertical ou horizontal ao solo. Além disso, as argolas precisam ficar paradas em toda a execução da série.

No cavalo com alça, que tem 1,60 m de comprimento, o ginasta só pode tocar no aparelho com as mãos. A avaliação é feita pela execução de movimentos contínuos e de círculos em cima do aparelho.

A ginástica masculina tem duas provas com barras: a fixa, que fica a 2,55 m de altura, e a paralela, que está 1,75 m do solo. Na barra fixa, o ginasta precisa manter-se em movimentos realizando saltos mortais ou carpados. Já nas barras paralelas, o atleta não pode executar um movimento em que as duas mãos toquem a barra ao mesmo tempo.

Em todas as provas, as performances dos ginastas recebem duas notas: "A", referente à dificuldade dos exercícios, e "B", em que a execução é avaliada. A nota final é resultado da soma de "A" e "B". Para a parte "A", são considerados os dez exercícios de maior dificuldade que o ginasta apresentar -cada movimento tem um valor pré-determinado. Hipoteticamente, o valor máximo da soma dos exercícios é 10. Na prática, atingir 10 em dificuldade é impossível. Na "B", a nota parte de 10, e as imperfeições de execução do ginasta são descontadas desse total.

A nota "A" representa, basicamente, o que até 2005 era conhecido como nota de partida: as dificuldades e os créditos por conexão entre dois exercícios difíceis. Dois árbitros determinam a nota de dificuldade, que surge da soma dos 10 exercícios mais difíceis executados pelo ginasta.

Na nota "B", seis árbitros participam da avaliação. Cada um dá uma nota, sendo que a maior e menor são descontadas. Assim, o ginasta receberá a média das quatro notas restantes. A pontuação começa de 10, sendo que em cada incorreção acontece um desconto. A redução de notas vai de 0,1 ponto (pequeno erro) a 0,8 (queda).

Antigamente, os movimentos mais difíceis tinham valor "Super E" -como o duplo-twist carpado executado por Daiane dos Santos. Com a reforma no código de pontuação, há também exercícios "F" (masculino e feminino) e "G" (só para o feminino).

No primeiro dia da disputa, cada país é representado por cinco atletas em cada aparelho. Apenas as quatro melhores notas de cada seleção em cada aparelho são consideradas. Com as notas zeradas em relação à primeira competição, os 36 melhores ginastas, masculinos e femininos, competem na prova individual geral. Cada país só pode ter dois representantes nesta competição. Os três melhores homens e mulheres ao final de todos os aparelhos conquistam as medalhas de ouro, prata e bronze.

No terceiro dia, realizam-se as finais por aparelhos. Os oito melhores ginastas masculinos competem em cada um dos seis aparelhos. As oito melhores ginastas femininas competem em cada um dos quatro aparelhos da modalidade. Cada país pode inscrever no máximo dois atletas na disputa final por aparelhos.

Nas final por equipes, os três melhores ginastas em cada aparelho de cada seleção competem. Ao contrário dos outros dias de competição, o ginasta não tem como se aquecer antes dos exercícios. Depois da disputa, somam-se os resultados de cada atleta em cada um dos aparelhos para determinar a pontuação final das seleções. O país com maior número de pontos torna-se campeão.