UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Daniele Matias Hypólito

Data e local de nascimento:
08/09/1984, em Santo André (SP)

Peso/Altura:
43 kg / 1,47 m

Residência:
Curitiba (PR)

Participações no Pan:
Winnipeg-1999; Santo Domingo-2003 e Rio-2007

Campanha no Pan-2007:
Bronze na trave;
Prata por equipes

Daniele Hypólito

Em relação ao Pan de Santo Domingo-2003, o desempenho de Daniele Hypólito caiu nos Jogos do Rio-2007. A ginasta que reinava sozinha na modalidade até o surgimento de Daiane dos Santos encerrou a disputa com um bronze na trave e a prata por equipes. Na República Dominicana, ela havia sido prata na trave e nas barras assimétricas e bronze no individual geral e também por equipes.

Aos 22 anos, Daniele era a mais experiente integrante da equipe brasileira, com participação em duas Olimpíadas e duas edições do Pan. Ainda aos 15 anos, ela ajudou a abrir as portas da ginástica artística brasileira para o cenário internacional. A garota de Santo André, que havia começado na modalidade em uma associação local, foi para uma Olimpíada e não fez feio. Não subiu ao pódio, mas entrou para a história.

O 20º lugar em Sydney-2000 no individual geral, na oportunidade, era o melhor resultado de todos os tempos do esporte no Brasil. Além da exposição, o desempenho rendeu à "Pequena Notável" o rótulo de primeiro fenômeno nacional de uma geração de ginastas que estava por despontar.

Mas até atingir esse grau de visibilidade, Daniele passou por alguns dramas pessoais. O primeiro, e mais sério, foi o acidente de ônibus que levava as ginastas do Flamengo (ela havia sido a primeira da modalidade a ter um contrato desse porte com um clube) em 1997. Daniele sofreu apenas escoriações, mas a técnica Georgette Vidor ficou paraplégica.

Os anos se passaram e, depois de se sair bem em Sydney, a ginasta paulista atingiu outro resultado inédito para o Brasil. A medalha de prata na etapa de Ghent do Campeonato Mundial surpreendeu o mundo e fez dela a primeira do país a subir ao pódio na competição.

Os bons resultados renderam a Daniele um lugar cativo na seleção permanente de ginástica formada em 2002 e comandada pelo técnico ucraniano Oleg Ostapenko, considerado um dos responsáveis pela evolução da modalidade no Brasil. Assim como as outras ginastas, Daniele se mudou para Curitiba.

No entanto, a paulista não se adaptou à capital paranaense e voltou para o Flamengo. A atitude, tida como rebelde, a deixou a ameaçada de não participar do Pan-Americano de Santo Domingo e do Mundial de Anaheim, os principais eventos de 2003. Mesmo assim, manteve sua vontade de ficar no Rio.

O imbróglio prejudicou os treinamentos de Daniele, que ainda pegou dengue no mesmo ano. Porém, os fatores negativos não a impediram de ir ao Pan e ao Mundial.

Em 2004, nova mudança. A ginasta rompeu com Georgette Vidor, deixou o Flamengo e se junto à seleção em Curitiba visando a preparação para a Olimpíada. Em Atenas, melhorou seu desempenho pessoal. Já fora da disputa por medalhas, conquistou o 12º lugar no individual geral, o mais importante resultado do país na prova.