Data e local de nascimento:
18/06/1977, em São Paulo (SP)
Peso/Altura:
72 kg / 1,78 m
Residência:
Jaraguá (SC)
Posição:
Ala
Clube:
Jaraguá/Malwee
Participações no Pan:
Rio-2007
Campanha no Pan do Rio:
Medalha de ouro
Falcão
Eleito o melhor jogador do mundo de futsal pela Fifa após a Copa do Mundo de Taipei, em 2004, o ala resolveu tentar a sorte no futebol de campo aproveitando a fama que já tinha dentro das quadras.
Porém, sem sucesso. Sua passagem de seis meses no São Paulo Futebol Clube foi frustrada pelo seu fraco desempenho. Reserva, entrou em alguns jogos do Campeonato Paulista e da Libertadores da América em 2005. No meio do semestre decidiu voltar ao Jaraguá e atualmente só pensa em terminar a carreira com brilho dentro das quadras. "Enquanto eu não tiver um título de importância, como o Mundial ou o Pan, eu não posso me sentir o melhor do mundo", disse ele, antes do ouro nos Jogos do Rio de Janeiro.
A carreira do ala começou em 1991, no Clube Guapira, onde ficou por apenas 3 meses. De lá, foi direto para o Corinthians, onde jogou por cinco anos, período em que passou sete vezes pelo futebol de campo, onde ficava dois ou três meses e acabava voltando ao futsal, sua verdadeira paixão.
O apelido surgiu neste início. Por causa de sua semelhança física com o pai, que era chamado da mesma maneira e também jogava bola no futebol amador, ele começou a ser chamado de Falcão.
A carreira na seleção brasileira de futsal também começou cedo. Na época, herdou a camisa 12 de Vander Iacovino, ex-capitão da equipe. "Vander me deu muitos toques e me ajudou muito. Espelhei-me muito nele. No meu jogo de estréia não fui tão bem; senti a pressão de entrar no lugar do Vander, mas ele foi lá e disse pro treinador que ele deveria dar seqüência nas minhas convocações, porque eu tinha futuro. Somos amigos até hoje!", declara.
Dentre os momentos mais marcantes de sua carreira, ele destaca um amistoso em que foi expulso pelo juiz, porém a torcida inconformada fez o jogador voltar para a quadra. "As pessoas jogavam coisas na quadra e gritavam com o juiz. Todo mundo começou a ir embora e para não ver a arena vazia, sugeriram pegar alguém da platéia para apitar o jogo. O juiz foi expulso e eu voltei no final do primeiro tempo. O pessoal do outro time entendeu e levou na esportiva. Essa é uma história que vou guardar para sempre", relembra.
Em final de carreira, Falcão faz planos de parar com 35. Diz que sente muita falta da família e que em alguns momentos acaba perdendo por causa da profissão, como quando o pai esteve doente e ele não pôde acompanhar. "O esporte também é muito gratificante, mas uma hora terei que parar. E quero acompanhar um pouco do crescimento dos meus filhos e curtir a vida em família. Sempre que possível, os levo comigo pra onde eu for jogar, pois sinto muito a falta deles", declara.
Na campanha vitoriosa da seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos do Rio, Falcão foi o grande destaque. Artilheiro da competição, com sete gols, ele protagonizou lances de extrema habilidade, que empolgaram a torcida no Riocentro.
Na final contra a Argentina, vencida pelo Brasil por 4 a 1, antes que os rivais pudessem pensar, Falcão fez uma obra-prima. Depois de passe de Vinícius, o ala chapelou o goleiro argentino, com um toque sutil por baixo da bola, e completou de cabeça, para abrir o placar, antes que o cronômetro marcasse 1 minuto.
Durante o Pan, o camisa 12 atingiu a marca de 198 gols pela seleção brasileira justamente na final contra os argentinos. Além do golaço, ele fez mais um na decisão e ainda quase anotou outro incrível, em chute direto do gol brasileiro. Além dos gols, Falcão deu ótimos passes para os companheiros no Rio.
A estréia do futsal em Jogos Pan-Americanos não poderia ter sido melhor para a seleção brasileira. O ouro foi conquistado com belas atuações, como na final contra os rivais argentinos, por 4 a 1.
Na primeira fase, o Brasil passou por Guatemala (4 a 1), Cuba (8 a 0) e Paraguai (2 a 0), e depois derrotou a Costa Rica, por 8 a 1, na semifinal.