ESCOLHA UM ATLETA Brucutu Felipe Neves Juliana Negrão Marreco Thiago Gerin

Aos 28 anos, Thiago Gerin participou de seu Pan. Em Winnipeg-1999 e Santo Domingo-2003, o brasileiro não passou da fase eliminatória. Para a disputa em casa, as expectativas eram altas.

"Mesmo trabalhando muito e sem tanto tempo para treinar, acredito que a experiência fará diferença. Todo ano competimos no Rio, o que será uma vantagem nossa. Além disso, vou ter família, amigos e minha namorada na torcida", dizia o atleta antes do Pan. No entanto, os resultados não foram tão bons. Não passou das eliminatórias de truques e terminou em 5º na final de rampa.

Para o Pan, Thiago driblava as baixas temperaturas da manhã e treinava na represa antes do trabalho, além dos finais de semana. "É mais difícil competir no inverno, normalmente nosso circuito é só no verão. Mas a animação é tanta que é só vestir a roupa de borracha e cair na água pra esquecer", diz Thiago.

Como a maioria dos esquiadores no país, a principal influência de Thiago foi seu pai, que incentivou a prática do esporte ainda em sua infância. "Aos dois anos já esquiava no colo do meu pai. Ele competia e, vendo ele nas provas, me interessei e fui aprendendo", conta o atleta, que treina em um sítio em frente a uma lagoa, em Campinas, onde passou a infância. "Meus pais me ensinaram a nadar muito cedo, com medo de acontecer algum acidente. Então, antes até de saber andar, eu já nadava bem."

Mesmo com os estudos e o trabalho, Thiago sempre conseguiu arranjar um tempinho para o esqui, ainda que como hobby. "Sempre me esforcei para conciliar as coisas, mas infelizmente o esporte não é profissional, não dá pra viver disso", lamenta. A única exceção aconteceu em 2003, quando passou um ano em Los Angeles (EUA).

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