ESCOLHA UM ATLETA Brucutu Felipe Neves Juliana Negrão Marreco Thiago Gerin

O wakeboard estreou em Pans nos Jogos do Rio, e a primeira medalha de ouro foi brasileira, com o favorito Marcelo Giardi, o Marreco. Primeiro colocado nas eliminatórias, o pentacampeão brasileiro confirmou a primeira colocação na final.

O esporte, muito diferente e até meio rival do esqui, foi incluído em estratégia da Confederação Brasileira de Esqui Aquático para aumentar as chances de medalha do Brasil (o que deu certo). Para Marreco, porém, a diferença é mínima.

"É uma honra representar o wake no Pan, mesmo que seja pelo esqui. Só tivemos certeza de que iríamos pro Pan no ano passado. É igual a como o esporte começou no Brasil. Antes, o wake era parte do campeonato de esqui. Hoje, andamos com nossas próprias pernas. Espero que aconteça a mesma coisa no Pan", torce. Marreco ganhou o apelido quando iniciou no wake, e não tinha nenhum jeito. "No começo, só tomava caldo, aí falavam: 'Ih, esse aí é um Marreco'". Pegou."

Campeão brasileiro e sul-americano, Marreco foi anunciado pré-convocado para a vaga ainda em 2006, mas sofreu uma lesão e foi submetido a uma cirurgia no joelho em dezembro. Com isso, o suspense foi mantido até junho, quando, enfim, a ABW (Associação Brasileira de Wakeboard) confirmou o nome ao atleta nos Jogos do Rio.

"Operei o mais rápido que pude, porque sabia que se demorasse muito não daria tempo para me recuperar. Em março, já estava na fisioterapia, com treinos no trampolim. Cheguei a sonhar que estava competindo, e quando acordava me dava conta: 'Não, não tá na hora ainda'", diz o atleta, que mora nos arredores da Represa de Guarapiranga, e não desanimou com a cirurgia.

"Já operei uma vez e sei como é. Wake é que nem andar de biicleta, é só pôr a prancha no pé, não tem como esquecer."

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