UOL Esporte - Pan 2007
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Divulgação

Nome completo:
Silvia Rothfeld

Data e local de nascimento:
04/09/1971, em Porto Alegre (RS)

Peso/Altura:
62 kg / 1,70 m

Residência:
Porto Alegre (RS)

Prova:
Florete

Participações no Pan:
Winnipeg-1999 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Eliminada nas oitavas no individual (12º) e 4º no florete por equipe

Silvia Rothfeld

Três paixões dividem Silvia Rothfeld: a esgrima, o marido e os animais que cuida. Qual vem primeiro? "É complicado, mas tenho que dizer que minha primeira paixão é meu marido, ainda mais porque ele está aqui do meu lado", brinca a atleta em entrevista ao UOL Esporte. Ocupando a segunda posição, está a esgrima e logo depois todos os 230 bichos da sua instituição que cuida de animais de rua.

Mas ela só conheceu a primeira paixão devido à dedicação e ao tempo que investiu na segunda, a esgrima. Afinal, foi com uma espada nas mãos que ela conheceu o atual marido. "Ele era meu companheiro de treino", conta a Silvia. Porém, antes disso foram necessários anos de treino, que começaram cedo, ainda aos 13 anos.

"Minha professora da escola fez uma semana esportiva e um dos esportes era esgrima. Gostei e resolvi ir treinar". Mas não foi tão fácil assim. Ex-praticante de balé, a oposição do pai foi quase que natural. "Ele achava que era esporte para rico". Mas a menina se mostrou persistente no objetivo de trocar a sapatilha pela espada. E conseguiu.

As competições vieram tão rápido quanto o apoio da família. E a primeira vitória não demorou sair. "Foi no Brasileiro de 1985, com certeza, a competição que mais me marcou". Depois disso, a competição que Silvia ainda guarda na memória é o Pan de 1999, em Winnipeg, mesmo tendo conseguido apenas a nona colocação. "Estávamos com uma equipe legal, bem unida", lembra.

Depois disso, uma série de infortúnios quase a fizeram desistir de competir. O primeiro deles foi a não classificação para os Jogos Olímpicos de 2000. Em seguida Silvia perdeu a vaga para o Pan 2003, em Santo Domingo. Depois, problemas políticos a tiraram dos Jogos em Atenas, um baque para a atleta. "Foi muito pesado para mim e até por isso que vejo esse Pan como um presente".

E um presente que custou caro para ela mesma. Teve que se adaptar a uma rotina de treinamentos mais rígida, perder quase 10 kg, se condicionar a correr 2,6 quilômetros em 12 minutos. "Tive que treinar o dobro do que eu treinava quando tinha 12 anos", brinca.

Por isso, antes de viajar para o Rio, dizia: "Ninguém me tira esse Pan". Ela foi à competição, mas não conseguiu melhorar o resultado obtido em Winnipeg na prova individual. Dessa vez ela ficou apenas com o 12º lugar. Na prova por equipe, perdeu a medalha de bronze ao lado das companheiras Maju e Taís Rochel e ficou na 4ª colocação naquele que deve ter sido seu último Pan.

E não foi à toa que Silvia colocou como primeira paixão o marido. Afinal, sua previsão para o próximo Pan envolve não ela, mas ele. "Ele já foi um grande campeão, mas parou por conta de problemas políticos. Quem sabe no próximo Pan eu estarei assistindo ele lá?".