UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Heitor Shimbo

Data e local de nascimento:
15/04/1983, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
70 kg / 1,77 m

Residência:
São Paulo (SP)

Prova:
Florete

Participações no Pan:
Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Eliminado nas quartas no individual (5º)

Heitor Shimbo

O estudante de geografia Heitor Shimbo ainda se surpreende com o fato de se pegar fazendo movimentos com a mão, como se estivesse treinando esgrima. Tudo fruto de três horas e meia de treinos, seis dias por semana. Uma rotina intensa, mas necessária para quem desejava ter bons resultados nos Jogos Pan-Americanos de 2007.

A medalha não veio, mas o paulista deixou o Rio de Janeiro com uma honrosa 5ª colocação depois de ser eliminado nas quartas-de-final pelo norte-americano Andreas Horanyi.

Com 24 anos, Heitor tem uma trajetória de superação de fazer inveja a muito atleta: quase não pôde praticar o esporte. Isso porque, aos nove anos, quando conheceu a modalidade, havia acabado de operar o coração devido a uma deficiência chamada Comunicação Intra-Ventricular.

Assim, sem poder praticar atividades físicas, Heitor se limitava a assistir aos treinos do irmão, o também esgrimista Elton Shimbo. Mas a posição de espectador não durou por muito tempo. Assim que recebeu alta, aos dez anos, se inscreveu no curso de esgrima. "Quando fui liberado, comecei a praticar", conta Heitor, cujo principal cicerone foi o irmão.

Depois disso, a evolução foi quase que meteórica. E foi por meio da esgrima que conheceu quase toda a América do Sul, além de países como Cuba, Estados Unidos, Itália, Alemanha, Áustria e Rússia.

Em 2003, o esgrimista foi, pela primeira vez, ao Pan. Na cerimônia de abertura Heitor vivenciou um dos momentos mais marcantes de sua vida. "Quando entrei no estádio, deu um baita arrepio e lembrei que todo sacrifício valia a pena".

E parece que este "atleta-estudante" não se esqueceu disso. Ele sabe que "a maioria dos esgrimistas brasileiros não tem condições de disputar o Circuito Mundial" e que o Brasil pode ter grandes dificuldades diante dos atletas internacionais. Mesmo assim, foi ao Pan do Rio de Janeiro com grandes expectativas. "Acho que esses jogos prometem bons resultados. O Brasil melhorou bastante e espero que consigamos alguma medalha. Se for no florete, melhor ainda". A medalha no florete realmente veio, mas com o companheiro João Souza.