UOL Esporte - Pan 2007
UOL BUSCA
Divulgação

Nome completo:
Camila Rodrigues de Freitas Marcondes Barbosa

Data e local de nascimento:
08/06/1975, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
66 kg / 1,77 m

Residência:
São Paulo (SP)

Prova:
Espada

Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Eliminada nas oitavas (12º) na espada individual

Camila Rodrigues

Camila já arriscou levantar algumas bolas no vôlei e arremessar outras no handebol. Treinava no mesmo clube que depois viria a conhecer a esgrima. Isso aconteceu quando ficou insatisfeita com os esportes coletivos e, mais, com os esportes com bola. Seu negócio era jogar sozinha, depender apenas do seu desempenho e, de preferência, com uma espada nas mãos.

Mas ela demorou a descobrir isso. Precisamente 17 anos. Foi preciso uma coincidência para que ela trocasse as quatro linhas, a rede e a bola de vôlei por uma espada, uma máscara e uma pista de 14 metros. "Para chegar na sala em que eu treinava vôlei, tinha que passar pela sala de esgrima. Aí eu parava e ficava olhando uma amiga treinar". Sabendo dessa insatisfação com o vôlei, esta mesma amiga que era observada por Camila a convidou para treinar.

Desde então, nunca mais deixou de lado a máscara de fibras de aço. Mesmo voltando a se arriscar no basquete, modalidade que treinou no tempo em que cursava a faculdade de Direito. Aliás, o exercício do magistrado foi outra escolha que Camila abandonou depois de algum tempo. Formada em 1998, Camila chegou a exercer a profissão por quatro anos.

Mas uma viagem para a Itália mudaria o rumo da sua vida. No país de diversos esgrimistas campeões olímpicos, ela morou até 2005. Não conseguiu ficar tanto tempo distante do esporte e decidiu tomar aulas com quem domina a modalidade. "Não fui para treinar, mas acabei treinando um pouco lá e acho que isso me ajudou bastante".

A intenção de treinar não era nada pretensiosa. Afinal, à época ela não imaginava que, um dia, poderia estar integrando a equipe brasileira dos Jogos Pan-Americanos. "Nem pensava no Pan e como eu não estava no Brasil não disputei as seletivas".

Entretanto, com a volta ao Brasil, a idéia começou a se concretizar. Os bons resultados começaram a aparecer. "Eu ficava sempre entre as três melhores e aí comecei a pensar: 'uma vaga tem que ser minha'". A vaga veio, mas Camila não conseguiu ir além das oitavas-de-final da prova individual de espada, ficando na 12ª colocação. A compatriota Clarisse Menezes levou o bronze na mesma disputa.

Não foi só isso que mudou na vida de Camila. Ela abandonou o Direito e começou a trabalhar com comércio exterior, profissão na qual atua até hoje e que divide seu tempo com os treinos de esgrima, esporte que afirma não trocar por nada.

Nem mesmo outra pessoa tomaria o espaço que a esgrima ocupa em sua vida. Ela, que não tem namorado, afirma que se tivesse ele seria obrigado a entender sua posição perante o esporte. "São 15 anos de esgrima, é uma paixão. Se ele não compreendesse, até mais."