UOL Esporte - Pan 2007
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Nome completo:
Rafael de Mattos Andriato

Data e local de nascimento:
20/10/1987, em São Paulo (SP)

Peso/Altura:
69 kg /1,77 m

Residência:
Maringá (PR)

Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
21º lugar

Rafael Andriato

Apontado como grande revelação do ciclismo brasileiro, Rafael Andriato foi o caçula da equipe de estrada convocada para o Pan. Aos 19 anos, em sua segunda temporada como profissional, o paulistano que vive em Maringá já teve a chance de disputar sua primeira edição dos Jogos.

Mas apesar do curto tempo na elite do ciclismo brasileiro, Andriato tinha resultados que o credenciavam para o Pan e o colocavam como esperança de medalha. Em 2006, seu ano de estréia como profissional, foi vice-campeão da tradicional 9 de Julho e ganhou etapas da Volta de São Paulo (duas), do Paraná e do Rio de Janeiro. "Há outros atletas bons evoluindo, mas me considero uma grande revelação, sim", afirma.

Porém, na prova de estrada do Pan, a medalha brasileira foi de Luciano Pagliarini, que terminou em terceiro lugar. Andriato conseguiu apenas a 15ª colocação. Porém, o Pan de 2007 foi apenas sua estréia na competição. Sua investida no ciclismo começou cedo. Quando tinha 10 anos, ele passou a acompanhar o pai Antonio, ciclista, nas provas. No início, apenas assistia às competições, mas logo se interessou pelo esporte. "Comecei a gostar e ele passou a me levar para treinar e competir", conta o paulistano.

"Minha família me apóia muito. Não só meus pais, como todos os parentes. Quando comecei, um primo e uma prima foram comigo, mas aí eles pararam, foram trabalhar ou estudar, e só eu continuei", diz ele, que dez dias depois de nascer em São Paulo já se mudou com sua família para o interior do Paraná, onde reside até hoje.

Dividindo o tempo entre treinos e estudos, Rafael Andriato precisou parar com o ciclismo durante quatro meses, quando tinha 12 anos. Com pneumonia, ele recebeu orientação médica para ficar sem praticar atividades. Na oportunidade, alguns acreditavam que ele não voltaria mais. "Mas quis voltar e quase nem senti o tempo parado."

Passado o susto, o paulistano retomou sua caminhada sobre a bicicleta e colecionou conquistas nas categorias inferiores. As vitórias renderam muita alegria ao pai ciclista, mas um feito em especial, e recente, foi o que mais mexeu com o grande incentivador de Andriato.

"Quando meu pai soube que eu iria para o Pan ficou muito feliz e contente. Ele se emocionou bastante", revelou o ciclista. Como o percurso de 172 km do Pan foi predominantemente plano, os velocistas (ou sprinters) como Andriato foram favorecidos. "Acredito que tenho grandes chances. Será uma prova muito difícil já que não haverá tantos atletas e ficarão todos no mano a mano, mas minha expectativa é boa. É bem provável que alguém ganhe por sprint", avaliou antes da prova. E foi com um sprint que seu compatriota Pagliarini conseguiu conquistar o bronze nos últimos 250 m.