"Cuba não é nenhum bicho de sete cabeças, não é nada que não possamos superar", dizia confiante o peso pesado da seleção brasileira, Rafael Lima antes do Pan. No Rio, porém, foi o cubano Osmay Acosta que tirou-o da disputa final. Ele acabou com a medalha de bronze.
Torcedor do Clube do Remo, time de Belém do Pará, sua terra natal, ele começou a praticar boxe com 18 anos através de um programa social da prefeitura da capital do Pará. Com três meses de treinamentos nos ringues, ele estreou em campeonatos regionais. Ao final de 2001, já tinha uma medalha de prata no Campeonato Brasileiro, fato que chamou a atenção dos coordenadores da seleção.
Em 2003, ele já brigava por uma vaga no Pan de Santo Domingo. Era o titular e estava pronto para lutar na República Dominicana. Porém, em um torneio preparatório na Venezuela, aconteceu o pior. Ele fraturou a mão e deu adeus ao sonho.
Depois disso, não desistiu e dominou a sua categoria no Brasil desde daquela época. Foram quatro campeonatos brasileiros de boxe olímpico: 2003, 2004, 2005, 2006. Em 2007, ele venceu as duas seletivas (Torneio das Estrelas e Copa Éder Jofre) para os Jogos Pan-Americanos.
Este ano, o Pan era encarado como a redenção. "Acho que todo mundo está igual. Agora tem só a ansiedade de poder chegar o momento", afirmava Lima.
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