UOL Esporte - Pan 2007
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Arquivo Pessoal

Nome completo:
Rodrigo Hermes

Data e local de nascimento:
21/11/1982, em Foz do Iguaçu (PR)

Peso/Altura:
85 kg/ 1,86 m

Residência:
Curitiba (PR)

Participações no Pan:
Rio de Janeiro-2007

Campanha no Pan do Rio:
Medalha de prata e oitavas-de-final

Rodrigo Hermes

Todas as noites, antes de dormir, o paranaense Rodrigo Hermes mentalizava seu grande objetivo em 2007: ganhar uma medalha nos Jogos do Rio. "Colei no teto do meu quarto o logotipo do Pan e uma medalha de ouro do lado. Toda noite eu visualizo que é isso que eu quero", conta o atleta.

Na disputa de duplas chegou perto. Ficou com a prata e não se mostrou decepcionado com o resultado. "Foi algo especial, fruto de muito treinamento". Além de especial, a medalha foi histórica. Afinal, nunca na história do boliche em Pan-Americanos, o Brasil tinha conseguido uma medalha. Já no torneio individual faltou muito. Ele perdeu para Raindey Chavez, da Venezuela, por 637 a 548 pontos nas oitavas-de-final

Aos 24 anos, Rodrigo aliou os treinos de boliche com o trabalho de empresário no ramo de panificadoras e confeitarias. Começou no esporte em 1996, devido a um tio, que construiu um boliche em Foz de Iguaçu, sua cidade natal. No ano seguinte, assistiu a uma clínica de Benê Villa, que hoje é seu treinador, e passou a levar o boliche a sério.

"Foi o Benê quem me criou e modelou a maior parte do meu jogo", conta o atleta. Nas pistas, Rodrigo tem um jogo agressivo e uma mania curiosa: passar a mão repetidas vezes na sola dos sapatos. O gesto, comum entre os 'bolicheiros', virou uma mania.

"No começo era para não deslizar tanto, porque minha chegada tem bastante impulso. Com o passar do tempo virou um hábito. Quanto mais tenso, mais eu passo a mão no sapato!"

O atleta, que mora em Curitiba há nove anos, joga pela Federação da Bahia, mas, felizmente para o Brasil, tem predileção pelos torneios do Rio de Janeiro. "O Rio é Curitiba com praia."

Para chegar até a medalha, Rodrigo teve que esbanjar autoconfiança. "Até o meio do ano todos falavam que eu não estaria no Pan, que eu era uma "carta fora do baralho". Hoje já me imagino ganhando uma medalha. Estou bem preparado. A fórmula é ter disciplina, dedicação e nunca, nunca desistir.", disse antes de ir para o Rio de Janeiro. Pelo menos na disputa por duplas deu certo.