Data e local de nascimento:
18/01/1976, em Santa Cruz (BA)
Peso/Altura:
46 kg / 1,57 m
Residência:
Santos (SP)
Prova:
Maratona
Participações no Pan:
Rio-2007
Campanha no Pan-2007:
Medalha de bronze
Sirlene Pinho
Em sua estréia em Jogos Pan-Americanos, a baiana radicada em Santos (SP) Sirlene Pinho beliscou uma medalha, ao conquistar o bronze na maratona. A brasileira chegou a liderar a competição, na altura da primeira passagem pelo Aterro do Flamengo, mas terminou em terceiro, com o tempo de 2h47min36. Ao final da prova, a exemplo da compatriota Márcia Narloch, ela precisou de atendimento médico, por causa do desgaste ao longo dos 42.195 m.
O bronze no Pan foi um dos pontos altos da carreira da atleta, que via a corrida apenas como lazer, até os 22 anos. Foi quando o técnico Valmir Nunes resolveu incentivá-la a levar o esporte mais a sério, a transformá-lo em profissão.
Na época, a faxineira Sirlene trabalhava para o seu atual treinador, em Santos, no litoral paulista, para onde a baiana migrou ainda na adolescência. Acreditando em seu potencial como atleta, Valmir conseguiu até mesmo patrocínio para que ela pudesse se dedicar mais aos treinos. “Ele é como um pai para mim”, diz.
Mas o início no da carreira, que já foi tardio, ainda teria uma interrupção em 2000, quando Beatriz nasceu e Sirlene resolveu dedicar-se aos cuidados da filha. A maternidade deu novo impulso à atleta, que, em 2003, em sua estréia na São Silvestre, já conseguiu subir ao pódio, com um quinto lugar.
Antes, ela havia sido quarta na Meia Maratona do Rio, segunda na Volta da Pampulha e campeã da corrida Sargento Gonzaguinha, considerada uma prévia da São Silvestre. Em 2004, contudo, um novo revés. Uma contusão na tíbia deixou Sirlene afastada das principais provas.
Na volta, em 2005, resolveu concentrar seu trabalho em provas acima de 21 km. Assim, foi campeã da Meia do Rio e da Meia da Corpore e ficou em segundo lugar na Maratona de São Paulo. No ano seguinte, repetiu a vitória na Meia Maratona Corpore.
A vaga no Pan veio na primeira experiência de Sirlene na Europa. Em outubro de 2006, Sirlene foi a melhor brasileira na Maratona de Amsterdã, com o tempo de 2h35min45. Em segundo lugar no ranking brasileiro, pré-requisito para a convocação, a atleta ficou na expectativa até o dia 22 de abril, quando acabou o prazo para a obtenção de tempos. Nenhuma outra atleta conseguiu marca melhor do que a dela.
Nos Jogos, Sirlene teve uma torcida especial da filha, que já segue as passadas da mãe. No final do ano passado, Beatriz participou de uma corrida de 50 m em pista coberta, em São Vicente, no litoral de São Paulo. A menina ficou em 18º lugar.