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Na sua estréia em Jogos Pan-Americanos, o paulista Ronald Julião teve um desempenho regular no Rio de Janeiro, ao fazer a marca de 17,27 m no arremesso de peso, que lhe rendeu o 11º lugar, e ficar com a sexta posição no lançamento do disco.

Julião faz parte de um grupo de atletas brasileiros que dificilmente estaria no Pan-Americano se a competição não fosse realizada no Rio de Janeiro. Ainda iniciando sua carreira no lançamento do disco e no arremesso do peso, ele está muito longe dos melhores do mundo.

"O que me estimula é pensar que um dia eu vou ser campeão mundial. Mas eu sei que ainda estou muito longe disso. O lançador normalmente chega ao auge com 27, 28 anos e eu ainda tenho 22. Eu queria chegar e bater os recordes, mas não dá, é gradativo".

Essa diferença de resultados pode ser observada pelos objetivos do atleta no Rio 2007. O melhor lançamento de disco da sua carreira, por exemplo, é 59,65 metros. O recorde brasileiro é 60,26m. Para chegar à final, sem nem mesmo falar em medalhas, ele teria de quebrar essa marca, que já dura 17 anos.

"As provas de campo, como o peso, o disco ou o martelo, estavam muito sumidos. Eu admiro os recordistas, mas ídolos mesmo eu não tenho aqui no Brasil. Há tempos não temos ninguém nessas provas no Pan, por exemplo, essa vai ser a primeira vez que eu vou ver. Os índices eram sempre muito altos e a gente não conseguia atingir. Agora, em casa, chegamos", diz.

Julião começou no atletismo ainda na escola, mas já no peso. Ele venceu a competição e foi convidado a continuar a treinar. Hoje, vive do atletismo e está terminando a faculdade de Educação Física.

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