História - Brasil festeja e critica Pan-Americano da confusão
Problemas não faltaram no terceiro Pan disputado no Caribe: atrasos nas obras, troca de hinos, bandeiras erradas, placares defeituosos e superlotação em eventos que envolviam medalhas dominicanas. Responsável pela sede seguinte (Rio-2007), o Comitê Olímpico Brasileiro manteve um duelo com as autoridades locais, que chegaram a sugerir um boicote verde-e-amarelo tamanho a quantidade de queixas.
Por outro lado, o Brasil comemorou seu melhor desempenho em medalhas (22 a mais que em Winnipeg), terminando em quarto lugar (com 29 ouros, o mesmo conseguido pelo Canadá, terceiro colocado). A delegação nacional medalhou em 30 das 37 modalidades e 60% dos integrantes voltaram com prêmios para casa (280 do total de 476 atletas). A razão disso foi o sucesso nos esportes coletivos e o baixo nível técnico da competição (dos 123 pódios nacionais só o do atirador Rodrigo Bastos valeria uma medalha olímpica).
O vexame ficou com o multipremiado vôlei masculino, com Bernardinho dando palestra motivacional para outras modalidades enquanto seus comandados jogaram desconcentrados na República Dominicana e acabaram perdendo para a Venezuela nas semifinais, levando apenas o bronze.
A rival Argentina sentiu no esporte a crise econômica e política que sofreu na virada de 2001 para 2002, com troca de quatro presidentes e desvalorização do peso. Em Winnipeg-1999, eles disputaram medalha a medalha o quarto lugar com o Brasil, mas em Santo Domingo acabaram em sétimo, atrás da Venezuela de Hugo Chávez.