Lendas de Fidel: conhecido por seus longos discursos, desde o tempo da Revolução em 1959, o presidente Fidel Castro foi o motivo da piada na cerimônia de abertura. Todos estranharam que o líder cubano só tenha proferido algumas palavras na abertura: "Atletas, compatriotas e visitantes, eu declaro aberto o 11º Jogos Pan-Americanos. Obrigado". No final do Pan, outra história de Fidel. Para brincar com as jogadoras brasileiras que tinham derrotado as cubanas na final do basquete, o governante fingiu pular as brasileiras Paula e Hortência na hora de entregar a medalha.
Entre dois recordes: apesar de ter sido o primeiro brasileiro a conseguir o primeiro lugar nos 100 m rasos de um Pan, Robson Caetano fez um tempo 42 décimos maior do que o recorde mundial conseguido um mês antes, pelo norte-americano Leroy Burrell. Os 10s32 do brasileiro foram 46 décimos maiores do que o segundo recorde mundial do ano feito por Carl Lewis, uma semana depois. Nem Burrell, nem Lewis estiveram em Havana, preferindo disputar o Mundial de Tóquio da modalidade.
Tudo pela mulher: marido da Hortência na época, o empresário José Victor Oliva pagou uma publicidade da sua empresa nas quadras de Havana. Segundo Oliva, a intenção "era deixar Hortência em casa". O mercado publicitário capitalista invadiu a ilha comunista. Entre as marcas brasileiras estavam Itaú, Gradiente, Garoto, Artex, Melhoral, Penalty e Antarctica. Pelos EUA, o logo principal era o McDonnalds, com seus sanduíches inacessíveis aos cubanos.
Turista acidental: os tenistas brasileiros Fernando Roese e Gisele Miró não defenderam seus ouros conquistados quatro anos antes. Roese desistiu de competir no Pan para disputar um torneio da ATP, enquanto Miró sofreu uma gastroenterite. A coisa piorou, porém, quando Miró se recuperou e brigou com o técnico Thomas Koch, que a aconselhou a fazer turismo por Havana. Voltando ao Brasil, ela anunciou sua aposentadoria.
Naufrágio: o navio que levava os barcos da equipe brasileira de vela quebrou e quase não chega a tempo para as regatas em Havana.
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Brasileiras superam catimba de Fidel
Líder cubano tentou pressionar o basquete feminino na final
