História - EUA poupam no orçamento e esbanjam no torneio
Batendo o Rio de Janeiro na eleição, Cleveland foi escolhida a sede para o terceiro Pan, mas o Congresso dos Estados Unidos barrou o orçamento de US$ 5 milhões (uma ninharia comparada com os US$ 2 bilhões que o Rio-2007 deve gastar). Os norte-americanos, porém, tinham outras prioridades de gasto, como seu programa espacial, afinal, os soviéticos já tinham colocado o primeiro ser vivo em órbita (a cachorra Laika, em 1958) e levariam o primeiro homem ao espaço (Iuri Gagarin, em 1961).
Chicago assumiu o evento esportivo às pressas, instalando os atletas homens na universidade local, hospedando as 298 competidoras, cavalheirescamente, em um hotel da cidade. Houve queixas sobre as instalações de vela, hipismo, remo e futebol.
Por outro lado, os anfitriões não pouparam esforço na delegação, quase a mesma que no ano seguinte iria para a Olimpíada de Roma. A vitória foi acachapante: os Estados Unidos ficaram com 236 medalhas, mais que todos os outros países conseguiram juntos (229).
Cuba vivia os primeiros dias com Fidel Castro no poder, mas seu alinhamento ao bloco soviético ainda não havia acontecido. A ilha caribenha teve participação discreta, ficando no oitavo lugar. Cuba só se tornaria potência esportiva nos anos 70.
Já o Brasil teve seu melhor desempenho nos primeiros anos do Pan, terminando em terceiro no quadro geral de medalhas, graças ao tricampeonato de Adhemar Ferreira da Silva e os ouros no boxe e na vela (dois cada uma das modalidades).