Retorno azarado: na volta de Buenos Aires, o nadador Tetsuo Okamoto recebeu uma grande festa na sua cidade natal, Marília. Houve cortejo de carro aberto e premiações ao novo herói brasileiro. Na mesma hora, porém, ladrões assaltavam sua casa, levando vários pertences.
"Magia negra": a decepção brasileira no Pan foi a corredora Deise de Castro, uma das favoritas nos 200 m rasos. Na semifinal da competição, ela sofreu um desmaio e foi eliminada. Os jornais destacavam que esta era a terceira vez que Deise perdia uma prova por esses estranhos desmaios. Anos mais tarde, na década de 1960, a atleta foi presa acusada de ser "curandeira".
Começamos mal: a primeira partida de um esporte coletivo brasileiro em Jogos Pan-Americanos foi algo para ser esquecido. O beisebol brasileiro levou de 22 a 1 da Venezuela.
Antes da Fifa: depois de nadar na Olimpíada de Berlim-1936, João Havelange, então com 35 anos, jogou o Pan de Buenos Aires no pólo aquático, mas amargou uma derrota de 7 a 1 para a Argentina na final.
Palco da festa: a abertura do Pan não aconteceu em Buenos Aires, mas na cidade vizinha de Avellaneda -mais precisamente no estádio que hoje pertence ao time Racing Club e tem o nome de "Juan Domingo Perón", presidente à época e torcedor da equipe.
Briga interna: a equipe brasileira de levantamento de peso viajou pagando do próprio bolso e de ônibus para chegar à capital argentina. Tudo porque o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a federação da modalidade não se puseram de acordo.
De volta às origens: fundadores das Olimpíadas antigas, os gregos foram convidados pelo comitê organizador para abrir o evento em Buenos Aires, trazendo em um avião a chama olímpica dentro de um lampião.
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REPORTAGEM
O boxeador e o general argentino
Brasileiro roubado no ringue é festejado por Juan Domingo Perón
