Brasil sofre, mas supera dominicanos e tentará retomar hegemonia no Pan

Fábio Aleixo

Do UOL, em Toronto (CAN)

A seleção brasileira masculina de basquete brigará pela medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos e tentará retomar a hegemonia recente na competição, perdida há quatro anos em Guadalajara (MEX). Nesta sexta-feira, o time nacional manteve sua invencibilidade em Toronto (CAN) e assegurou a passagem para decisão com uma vitória por 68 a 62 sobre a República Dominicana.

Neste sábado, às 17h30 (de Brasília), o time nacional fará a final contra Canadá, que venceu os Estados Unidos na noite desta sexta, na prorrogação por 111 a 108. O Brasil irá em busca do quarto título nas últimas cinco edições - venceu em Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003, e Rio de Janeiro-2007.

Em 2011, no México, havia ficado fora da disputa por medalhas ao ser derrotado exatamente pelos dominicanos na última rodada da fase de grupos.

Os grandes destaques do time nacional na sofrida vitória foram Vitor Benite e Augusto Lima, com 18 e 15 pontos respectivamente. 

Com menos de 14h de descanso entre a partida contra os Estados Unidos na noite de quinta-feira e o duelo da semi nesta sexta, o time brasileiro não apresentou o basquete vistoso e de extrema eficiência que havia mostrado nas três partidas anteriores deste Pan. Isso refletiu no triunfo apertado. A seleção também errou demais. Foram 16 perdas de bola ao longo dos 40 minutos.

"Não quero que isso (pouco tempo de descanso) seja uma justificativa. Mas a verdade é que não jogamos como vínhamos fazendo. O mais importante, porém, foi que nos momentos de dificuldades e de aperto conseguimos fazer o que queríamos. Metade do nosso caminho foi cumprido, agora vamos atrás da medalha de ouro", afirmou o técnico Rubén Magnano.

"A gente fez um campeonato excepcional, mas hoje foram muitos erros. O cansaço está começando a pegar um pouco. Mas o que foi o que Rubén falou. É melhor ganhar jogando mal do que perder. Jogar uma partida como essa 12 horas depois de pegar os Estados Unidos é complicado. Tem que ter coração e raça numa hora dessa", disse o pivô JP Batista.

No primeiro tempo, o Brasil sempre esteve no controle do marcador, mas em nenhum momento conseguiu abrir uma vantagem que o deixasse em uma situação tão confortável. Na metade do segundo quarto chegou a abrir nove pontos de dianteira, mas foi ao intervalo com apenas seis (35-29). O baixo aproveitamento nas bolas de três (31%, com somente acertos em 13 tentativas) foi um dos pontos baixos do time nacional.

A volta do vestiário também não foi nada boa e os dominicanos conseguiram a virada em menos de quatro minutos. Fizeram 38 a 37 e ficaram no controle do placar pela primeira vez. Daí em diante, foram várias as trocas de liderança. E o Brasil só não entrou no quarto decisivo vencendo por 50 a 47 pois no último segundo do terceiro quarto Andres Feliz acertou um belo arremesso de três, de muito longe.

O jogo ficou tenso no período decisivo, com os dois times errando bastante e sem conseguir fazer o ataque fluir. Tanto que decorridos quatro minutos, apenas quatro pontos haviam sido anotados, todos pelo Brasil com o armador Ricardo Fischer. Com isso, o time nacional conseguiu abrir vantagem de 54 a 50. 

Mas os dominicanos não se deram por entregues e conseguiram manter a paridade até o fim. A um minuto para o término, o Brasil vencia por 62 a 60. Com dois lances livres certeiros de Vitor Benite a 33s6 para o término da partida, o Brasil conseguiu respirar ao fazer 64 a 60.

E logo depois, Larry Taylor fez uma bandeja para marcar 66 a 60 e praticamente selar o triunfo que valeu vaga na decisão. 

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