Já ouviu falar de Douglas? Ele é aposta do vôlei brasileiro no Pan

Antoine Morel e Bruno Doro

Do UOL, em Toronto (CAN)

  • Reprodução/Facebook

Douglas é o grande destaque do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Mas se ele resolvesse andar pela rua no Brasil, o máximo que você pensaria é: "Nossa, que cara alto. Será que ele é jogador de vôlei?"

O fim desse anonimato, porém, faz parte do plano do vôlei brasileiro. O jogador de apenas 19 anos está sendo preparado para se juntar a um dos times mais fortes do mundo, a seleção brasileira. E os Jogos no Canadá são um teste para ver se o garoto consegue suportar a pressão de ser ídolo.

"A cada jogo aqui, ganhamos um ano de experiência. É um time de meninos, que precisam crescer. Precisamos coloca-los em situações difíceis, em que a solução nem sempre é a mais fácil, para que eles saibam como trabalhar sob pressão e ainda assim conseguir um bom resultado", explica o técnico da equipe, Rubinho, auxiliar de Bernardinho na equipe principal.

Segundo ele, a atuação de Douglas no Pan está sendo boa. Mas não é só ela que conta. "Ele tem potencial. E tem de fazer o que está fazendo aqui em todas as seleções. Já foi protagonista no juvenil, está muito bem aqui e terá de fazer o mesmo no Mundial Sub-23, que terá grande parte dessa equipe que está em Toronto. Será a chance de mostrar tudo o que estão aprendendo".

Ainda adolescente, o jogador não é exatamente articulado ao analisar a oportunidade que está ganhando. "Essa sensação de confiança que a comissão técnica passa para mim é incrível", avaliou. "Espero fechar o Pan com medalha de ouro. Seria a minha primeira medalha no adulto. Aí, para o ano que vem, a ideia é estar no grupo das Olimpíadas. Não digo compor o elenco nos Jogos. Mas estar entre os 16 convocados, pegando toda a experiência da galera".

Foi mais ou menos o que aconteceu com o oposto Wallace no Pan de Guadalajara, em 2011. Ainda um projeto, o jogador foi convocado para o Pan para ganhar bagagem. Jogou tão bem que acabou entrando no grupo que foi aos Jogos de Londres, em 2012. E esteve em quadra na final olímpica.

Até agora, Douglas está se dando bem no projeto. Dos três jogos que o Brasil fez no Pan até agora, esteve entre os maiores pontuadores em dois. Fez 23 pontos na difícil derrota para Cuba e marcou 13 no passeio contra a Argentina – Renan fez 17 contra os Hermanos. Nesta sexta-feira (24), ele volta à quadra, para sua quarta partida no Pan, a semifinal do torneio masculino, às 22h (de Brasília).

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