Bicicleta no basquete? Brasileiro tem ritual próprio para não perder ritmo
Fábio Aleixo
Do UOL, em Toronto (CAN)
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Fábio Aleixo/UOL
Augusto Lima usa bicicleta ergométrica para manter aquecimento no jogo entre Brasil e República Dominicana
É pedalando que Augusto Lima quer chegar à medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Mas engana-se quem pensa que ele é um integrante do time de ciclismo. O atleta de 23 anos e 2,08m de altura tem sido até agora um dos destaques da seleção brasileira de basquete que garantiu vaga na final ao bater a República Dominicana por 68 a 62 na tarde desta sexta-feira.
O jogador tem um ritual próprio cada vez que é substituído pelo técnico Rubén Maganno. Em vez de sentar-se no banco de reservas ao lado dos demais companheiros, ele monta em uma bicicleta ergométrica e pedala sem parar. Segundo, ele é a forma que encontra para se manter aquecido e não perder o ritmo para quando voltar à quadra.
"Eu sou um jogador que depende muito do jogo físico, de estar ligado para quando ir à quadra buscar os rebotes e brigar lá no garrafão. Então faço isso para não esfriar. É um costume que tenho também na Espanha", disse o atleta, que defende o CB Murcia na Liga ACB.
A bicicleta que Augusto usa é cedida pela organização e está à disposição de qualquer atletas. Mas até agora o ala-pivô foi o único que pedalou em Toronto.
"Cada hora vejo uma coisa nova (risos). Muitas vezes vejo que ele está mais contrado ali na bicicleta do que no jogo. Mas é sim um trabalho importante para manter o aquecimento e evitar que dores surjam ao longo de uma partida", disse o técnico Magnano.
Apesar de no Pan Augusto ser o único que faz uso da bicicleta em Toronto, não é incomum no mundo esportivo atletas usarem o objeto para manter o corpo aquecido. Na NBA e na NFL (liga de futebol americano), é uma cena vista com certa frequência.
"É pedalando que vou para este título", disse Augusto, que tem no torneio média de 10,5 pontos e 8,75 rebotes por partida.